sábado, 12 de março de 2011

MUNDO: Tropas de Kadafi forçam rebeldes a deixar porto petrolífero após bombardeio

De O Globo, com agências internacionais

UQAYLAH (Líbia) - Tropas líbias forçaram rebeldes que ocupavam há uma semana o porto petrolífero da cidade de Ras Lanuf (a 600 quilômetros da capital Trípoli) a recuar para o leste na noite desta sexta-feira. Segundo os insurgentes, houve um intenso bombardeio aéreo sobre o grupo que acabou atingindo, inclusive, tanques de armazenamento de petróleo. O governo negou, porém, o ataque.
O recuo é o mais recente revés para as forças da oposição, que há uma semana controlavam toda a parte oriental do país e marchavam em direção à capital. E mostra que as forças de Kadafi se reagruparam.
- Estamos fora de Ras Lanuf. Eles nos atacaram com um bombardeio - disse o rebelde coronel Bashir Abdul Qadr.
- Recuamos 20 quilômetros na última noite porque também estávamos com medo de que a refinaria explodisse - completou.
Segundo os rebeldes, a refinaria em Ras Lanuf pode explodir nos próximos cinco dias devido aos danos sofridos na operação do governo para retomar a cidade.
- Na noite de ontem (sexta-feira) houve um intenso bombardeio de aviões de guerra líbios. Esse bombardeio fez com que voltássemos algumas posições, mas não 20 quilômetros como foi dito, estamos a 3 quilômetros de Ras Lanuf - argumentou o coronel Hamed al-Hasi.
Apesar do recuo, o presidente do Conselho Nacional Líbio, Mustafa Abdel Jalil, afirmou que há mais voluntários a espera de um chamado para entrar no combate.
- Os voluntários que estão hoje no front são menos de 30% das pessoas que estão dispostas a lutar. Nosso povo está pronto e determinado a lutar contra as forças de Kadafi - disse o chefe no Conselho Nacional Líbio, Mustafa Abdel Jalil. Liga Árabe defende zona de exclusão aérea na Líbia
Mustafa ainda defendeu junto à comunidade internacional uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Ele também criticou a omissão dos Estados Unidos e outros países ocidentais, que manifestaram solidariedade para com os rebeldes, mas não chegaram a aprovar qualquer ação militar.
- Se não houver uma zona de exclusão aérea imposta sobre o regime de Kadafi, e se os seus navios não forem vistoriados, teremos uma catástrofe na Líbia - disse o presidente do conselho.
Neste sábado, a Liga Árabe pediu ao Conselho de Segurança da ONU que imponha uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, segundo informou a televisão estatal egípcia. A televisão disse ainda que a Liga decidiu abrir canais de comunicação com o conselho líbio rebelde, que está baseado em Benghazi. A Liga disse que já mantém contato com os rebeldes sobre a situação no país.

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