quarta-feira, 26 de maio de 2010

POLÍTICA: UGT rompe a aliança das centrais pró-Dilma

Do blog do NOBLAT
Deu em O Globo

‘Nossa base é pluripartidária, temos PT, PV e PSDB. Posso causar insatisfação. Não há consenso nem maioria’
Leila Suwwan:
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) decidiu abandonar a Conferência Nacional dos Trabalhadores, em 1de junho, por considerar que o evento será uma demonstração de apoio a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
Os dirigentes da UGT avaliaram que a petista poderá comparecer ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, apesar de não estar convidada, e romperam a aliança informal e inédita das seis centrais sindicais de apoio à petista.
— O Lula é uma coisa. Do ponto de vista sindical, é o melhor presidente que já tivemos. Mas, agora, estamos em outro processo, e isso merece toda cautela — disse Ricardo Patah, presidente da UGT, que se declara admirador de Dilma. — Nossa base é pluripartidária, temos PT, PV e PSDB. Não posso fazer uma atividade definida (de apoio a Dilma), porque posso causar insatisfação. Não há consenso nem maioria.
Perguntado sobre se tem certeza de que a conferência será um ato de apoio a Dilma, Patah respondeu: — Não há dúvida. É lógico!
Desde janeiro, quando as seis centrais — CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, UGT e Nova Força — começaram a planejar a conferência, a meta era produzir um documento único e declarar apoio ao pré-candidato mais adequado.
À época, o presidente da CUT, Arthur Henrique, afirmou que as centrais são autônomas, mas têm lado na política:
— A direita nunca abriu espaços para os trabalhadores. Pelo contrário, sabemos o que ela representa: privatização, desmonte do Estado, arrocho salarial, precarização e desemprego.
Das seis centrais sindicais, apenas a UGT e a Força Sindical não declararam apoio aberto a Dilma. Ligada ao PDT, partido que ocupa hoje o Ministério do Trabalho, a Força tem uma dissidência interna.
A tendência, segundo dirigentes, é permitir que os filiados sigam suas tendências políticas, mas Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deve manter o discurso de apoio a Dilma e de rejeição ao tucano José Serra, que já chamou de "político que não gosta de trabalhador".
O debate organizado pelas seis centrais sindicais em São Bernardo do Campo (SP), em 10 de abril, tornou-se uma espécie de comício pró-Dilma. Os eventos sindicais de São Paulo no 1 de maio, também. Para o evento de 1 de junho, Dilma não está mais convidada, e a expectativa oficial é de que o presidente Lula também não compareça.

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