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POR FABIANO ROCHA E MARCOS NUNES
Manifestantes estão parando caminhões que cruzam a estrada com carga

Militares das Forças Armadas chegam até a manifestação próximo à Reduc - Agência O Globo
RIO - Militares das Forças Armadas já chegaram á Reduc, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde alguns caminhoneiros protestam nesta sexta-feira. Por volta das 15h, um comboio com carros e motociciletas chegou pela Rodovia Washington Luís. Dentro da refinaria, já há quatro caminhões tanque posicionados no pátio. Na via, os manifestantes estão parando alguns caminhões que cruzam a estrada com algum tipo de carga. Eles ainda conversam com os motoristas e, após alguns minutos, liberam o veículo para prosseguirem viagem. Mais cedo, alguns veículos menores foram parados, sendo liberados pelos grevistas em seguida.
A Polícia Militar confirmou, durante esta manhã, que dois caminhões de combustível saíram escoltados da Reduc. Ainda de acordo com os militares, eles foram abastecer quartéis de Mesquita, Campo Grande e unidades da PM no Estácio e em Sulacap. O protesto é acompanhado por por policias rodoviários federais e policiais militares, além de muitos curiosos. Douglas Ramos, de 28 anos, veio cavalgando do Bairro Pilar, em Caxias, na Baixada Fluminense, para observar o protesto.
— Acho justo o movimento deles. Tem mesmo de protestar para conseguir algo — disse Douglas, enquanto cavalgada com a égua Iara, de oito anos.
Pelas redes sociais, o Gabinete de intervenção federal apontou que, desde o início da greve, "monitora os impactos" para o estado. O planejamento do gabinete prevê a atuação das forças seguranças estaduais e, caso necessário, das forças federais. Ainda na internet, o interventor federal, general Walter Braga Netto, reforça que todas as providências necessárias estão sendo tomadas. "Minha principal preocupação é com a população, para que não haja desabastecimento".

Caminhoneiros parados na porta da Reduc estão parando pequenos veículos de transporte - Fabiano Rocha / Agência O Globo
Muita gente também está aproveitando o protesto para tentar ganhar um dinheiro extra. Um motorista de ônibus, que está de folga e pediu para não ser identificado, está vendendo salgados e guaranás na beira da Washington Luís. Leonardo Ribeiro, de 32 anos, também aproveita a ocasião. Durante a noite ele trabalha como motorista de aplicativo. Já de dia, se torna vendedor de quentinhas. A iguaria é vendida a R$ 12.
— Já trabalho na região com quentinhas há 3 anos. Esperava que com o protesto fosse vender muito mais . Porém, não posso reclamar. Já vendi 40. Só sobraram duas.
Uma equipe do GLOBO constatou, no fim desta manhã, que os motoristas são obrigados a parar no acostamento, onde os manifestantes permanecem, e podem fica impedidos de trafegar por mais de uma hora. Duas viaturas da Policia Rodoviária Federal (PRF)acompanhavam os caminhoneiros, mas não impediram a ação enquanto a reportagem Procurada, a PRF ainda não retornou.
No inicio da tarde, os caminhoneiros liberaram a pista para a passagem de veículos e soltaram fogos. Além disso, os manifestantes agitam bandeira durante o protesto.
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