terça-feira, 18 de abril de 2017

PREVIDÊNCIA: Definição do relatório da Previdência é adiada, diz presidente de comissão

OGLOBO.COM.BR
POR EDUARDO BARRETTO

Avaliação é que falta tempo para fechar texto, mas prazo de votações será mantido

Deputado Carlos Marun (PMDB), presidente da comissão da reforma da Previdência. Foto Michel Filho/Agência O Globo

BRASÍLIA - Foi adiada para esta quarta-feira a definição do relatório da reforma da Previdência. O presidente da comissão que trata do tema na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS), alega falta de tempo para fechar o texto e garante que o prazo de votações será mantido, apesar do atraso de um dia na leitura do texto. Marun afirma ainda que o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não viram “problema” no adiamento.
Nesta terça-feira, o presidente Michel Temer recebe ministros e deputados no Palácio do Alvorada para café da manhã. Em seguida, a reunião será com senadores. O objetivo do governo era que o café fosse uma cerimônia para selar o relatório da reforma previdenciária. Em vez disso, contudo, a audiência com dezenas de parlamentares deverá ter discussões, principalmente sobre tempo de contribuição e idade mínima de mulheres.
— Não é unanimidade nem base nem no governo nem na comissão — declarou Marun sobre as aposentadorias femininas, que são o principal ponto de dúvida dos “5%” restantes para a definição do texto, como definiu. O deputado garante que a matéria, que ainda terá longos debates nesta terça-feira, deve ser aprovada na comissão até o fim da semana que vem, e ir ao plenário da Casa na segunda semana de maio.
Nesta terça-feira, reportagem do GLOBO mostrou que o relatório da reforma da Previdência ainda não estava totalmente fechado. Um dos principais impasses é a regra de aposentadoria das mulheres. A equipe econômica defende redução no tempo de contribuição, que seria de 23 anos para as mulheres, mantendo a idade mínima em 65 anos, igual a dos homens. Mas os parlamentares pressionam por mais mudanças e querem mexer também na idade. O assunto será discutido no café da manhã que o presidente Michel Temer oferecerá aos integrantes da base nesta terça-feira.
Meirelles e Temer, de acordo com Marun, aceitaram o adiamento da leitura do texto por Arthur Maia (PPS-BA), relator das mudanças nas aposentadorias.
O governo já cedeu em vários pontos da reforma. O tempo de contribuição para ganhar a aposentadoria integral caiu de 49 anos para 40 anos. A idade mínima para para idosos assistidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi reduzida em dois anos e ficou em 68 anos.

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