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POR / O GLOBO COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Diversos países aderem à Marcha Mundial das Mulheres, que pretende fazer uma paralisação feminina nesta quarta-feira
Mulheres protestam em Ancara, na Turquia - ADEM ALTAN / AFP
RIO — O Dia Internacional da Mulher de 2017, celebrado nesta quarta-feira, está sendo marcado por manifestações de mulheres em diversos países, como Espanha, Bélgica, Ucrânia, Turquia, Índia, Estados Unidos, Argentina e Brasil.
Os protestos, organizados por diferentes movimentos feministas, devem se intensificar ao longo do dia. Nova York deve ser palco de uma grande manifestação a partir de 12h (14h de Brasília), quando muitas mulheres devem se reunir no Central Park, em Manhattan, para um protesto que fará parte do #Daywithoutawoman, movimento global que exorta mulheres do mundo todo a fazer uma paralisação total nesta quarta-feira.
Na Espanha, internautas utilizam as redes sociais para registrar os protestos por igualdade de gêneros. As mulheres utilizam as hashtags #YoParo e #NosotrasParamos para reafirmar a luta por igualdade de gêneros e pelo respeito às mulheres.
A ativista Maite Molina é uma delas. Em seu perfil no Twitter, ela registrou seu protesto com uma foto da frase "Yo Paro" em seu braço e escreveu na publicação: "É a hora da paralização internacional. Por mim e por todas minhas companheiras".
Na Ucrânia, mulheres marcharam nas ruas da capital, Kiev, com cartazes, gritando frases que marcam o protesto, informou a agência de notícias AFP.
A Ucrânia foi palco de protestos das mulheres nesta quarta - SERGEI SUPINSKY / AFP
A Índia também foi palco de protestos. Estudantes estiveram em frente ao Ministério das Mulheres e do Desenvolvimento Infantil em Nova Deli para protestar contra o toque de recolher imposto às mulheres. O ministro das Mulheres disse que as meninas precisam de toque de recolher para protegê-las de suas próprias "explosões hormonais". Até mesmo universidades indianas impõem toques de recolher a mulheres.
Estudantes indianas protestam contra toques de recolher impostos às mulheres - DOMINIQUE FAGET / AFP
Na Argentina, a menifestação será coordenada pelo movimento feminista cujo mote é "Ni una menos". Haverá uma marcha às 17h (horário local) do Congresso até a Plaza de Mayo. Já a paralisação está marcada para começar a partir de 12h.
A MARCHA NO BRASIL
No Brasil, a Marcha Mundial das Mulheres acontecerá às 15h, na Praça da Sé, em São Paulo. De acordo com o movimento, os protestos desta quarta-feira iniciam a luta que continuará com a greve da educação a partir do dia 15 de março. O protesto no Brasil está contra reforma da previdência e trabalhista, a violência machista e a favor da legalização do aborto.
Mulheres se manifestam também em outros estados, como Rio Grande do Norte e Tocantins.
Mulheres ligadas ao MST também se manifestaram na manhã desta quarta-feira, caminhando na BR 290, no Rio Grande do Sul. A Ponte do Guaíba chegou a ser interditada ao tráfego de veículos durante o trajeto do protesto, mas já foi liberado. As manifestantes seguiram pela Avenida Sertório rumo à capital e se concentraram na Tv. 5, no centro historico de Porto Alegre, entre o prédio da Prefeitura e o INSS, informou a Empresa Pública de Transporte e Circulação da cidade.
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