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POR BÁRBARA NASCIMENTO
BNDES pode anunciar mudanças nas linhas de crédito do banco de fomento
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Henrique Meirelles, ministro da Fazenda - ANDRE COELHO / Agência O Globo
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que as medidas de estímulo ao crescimento serão divulgadas pelo governo na próxima quinta-feira. Ele não quis adiantar detalhes do pacote, mas disse que farão parte do conjunto medidas de desburocratização, aumento de produtividade, facilitação do processo de aprovação e tomada de crédito. Meirelles garantiu que não haverá anúncio de subsídios ou linhas especiais, mas admitiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode anunciar mudanças nas linhas de crédito do banco de fomento.
— Existem políticas aplicadas pelo BNDES que estão sendo estudadas pelo próprio banco com o Ministério do Planejamento. O BNDES existe para financiar a produção, ele pode decidir criar mais uma linha ou outra e pode estar se aperfeiçoando. Isso faz parte do processo de avanço e de contribuição do BNDES para a economia. Poderão anunciar-se ou não eventuais medidas.
Meirelles fez questão de afirmar que o anúncio de medidas para o crescimento não foi decidido em reação ao momento político. Ele disse que o pacote foi gestado em parceria com o Banco Mundial e está em estudo desde setembro.
— (O pacote) É objeto de um cronograma normal que iniciamos em setembro, por ocasião das reuniões anuais do Banco Mundial e era um projeto que previa que essas medidas seriam anunciadas e teriam início de implementação após a aprovação da PEC (do teto) — disse, acrescentando:
— Isso não é uma medida reativa a questões momentâneas.
O ministro convocou a imprensa para comemorar a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que fixa um teto para os gastos públicos por dois anos. Ele afirmou que a aprovação de um limitador das despesas é uma coquista histórica e que não há mudanças desse porte desde a aprovação da Constituição de 1988.
Ele ainda minimizou o número menor de votos favoráveis à PEC no segundo turno, em comparação com o primeiro. Segundo Meirelles, isso foi resultado de uma “ausência justificada de alguns parlamentares” e não significa que a base do governo está menor.
— Gostaria de comunicar a todos a importância histórica do momento de hoje e é importante que seja entendido que a agenda econômica procede bem sucedida e inabalável.
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