quarta-feira, 24 de agosto de 2016

LAVA-JATO: Marco Aurélio defende apuração do vazamento da delação da OAS

OGLOBO.COM.BR
POR CAROLINA BRÍGIDO

Ministro do STF disse duvidar que a divulgação ilegal tenha vindo MP

Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal - Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA – O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nessa quarta-feira a apuração sobre o vazamento da delação premiada da OAS. Em suposto depoimento, o ministro Dias Toffoli, também do tribunal, teria sido citado, segundo reportagem da revista “Veja”. Marco Aurélio disse duvidar que a divulgação de informação de forma ilegal tenha vindo do Ministério Público. Ontem, o ministro Gilmar Mendes levantou suspeita sobre os investigadores da Lava-Jato.
— O vazamento, eu não consigo imaginar que parta do Ministério Público. Precisamos apurar, porque é algo que conflita com a lei regedora da colaboração premiada, e verificar como houve esse vazamento. Certamente o vazamento não partiu da revista “Veja” — disse Marco Aurélio.
Marco Aurélio saiu em defesa do Ministério Público, afirmando que é melhor haver excesso de investigações do que omissão.
— Há o sistema nacional de freios e contrapesos. O Ministério Público vem atuando e reafirmo o que venho dizendo: mil vezes o excesso do que a acomodação. E temos o Judiciário para corrigir possíveis erros de procedimentos — avaliou.
O ministro evitou comentar as críticas de Gilmar ao Ministério Público, mas defendeu o fim dos conflitos entre ramos da Justiça.
— Eu talvez não tenha dados que o ministro (Gilmar) tem e eu respeito a opinião de cada qual — afirmou, completando:
— Os descompassos estão muito potencializados. É hora de pensarmos, acima de tudo, no fortalecimento das instituições. E me refiro não só a Polícia Federal e o Ministério Público, como também o Judiciário.
Ontem também, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, classificou de "estelionato delacional" a divulgação de suposta acusação do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro contra o ministro Dias Toffoli. Segundo Janot, não há qualquer referência a Toffoli ou a qualquer outro ministro do STF nos anexos do pré-acordo de delação que Pinheiro estava negociando com os procuradores da Operação Lava-Jato.

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