Folhapress
Funcionários do Complexo Médico Penal de Pinhais (CMP), no Paraná, onde vivem os presos da Lava Jato, disseram à Folha que o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado federal Luiz Argôlo poderiam ter recebido penas mais duras por terem sido flagrados com um carregador de celular nas celas.
No dia 1º de agosto, agentes penitenciários encontraram um carregador de celular modelo Samsung, um cabo de som portátil e quatro pendrives no cubículo de Dirceu e Argôlo. Os pendrives continham filmes e séries de TV. As TVs nas celas dos presos da Lava Jato têm entradas para conectar pendrives. Não foi achado nenhum aparelho de celular com eles.
O conselho disciplinar do presídio decidiu enquadrar os dois em falta média, o que acarreta uma punição de 20 dias sem visitas. Os funcionários, porém, dizem que outros presos flagrados com componentes de celular têm sido enquadrados em falta grave —foram mandados para a solitária e tiveram zerado o tempo que contava para progressão de regime.
A direção do CMP disse que a decisão de enquadrar Dirceu e Argôllo em falta média está amparada na Lei de Execução Penal. Ouvidos pela Folha, funcionários disseram que Dirceu e Argôllo têm bom comportamento e isso pode ter pesado na decisão do conselho disciplinar.
Agentes penitenciários também encontraram um pendrive com filmes na cela do ex-senador Gim Argello. Os pendrives foram apreendidos e o conselho disciplinar ainda não definiu qual será a punição de Argello.
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