terça-feira, 15 de setembro de 2015

POLÍTICA: Dilma se reúne com líderes da base e recebe manifesto de apoio a favor de medidas fiscais

OGLOBO.COM.BR
POR EVANDRO ÉBOLI / ANDRÉ COELHO

Documento assinado por deputados reforça defesa do mandato da presidente


BRASÍLIA — A presidente Dilma Rousseff recebeu na manhã desta terça-feira um manifesto de apoio a seu governo e contra qualquer tentativa de impeachment contra seu mandato. A carta é assinada por presidentes de partidos e líderes aliados na Câmara, entre eles o do PMDB Leonardo Picciani, aliado a Eduardo Cunha. A reunião com essas lideranças foi marcada para discutir estratégias para aprovar o pacote de ajuste fiscal no Congresso Nacional. Além da defesa do mandato, os parlamentares também defenderam as medidas apresentadas ontem pela equipe econômica do governo,ressaltando que elas serão discutidas por parlamentares.
O ponto mais polêmico das medidas é a proposta de retorno da CPMF, medida que precisa ser aprovada pela Câmara e Senado. O governo pretende arrecadar R$ 32 bilhões com o novo imposto, se aprovado pelos parlamentares. O dia será de reunião com lideranças governistas. À tarde, Dilma se reúne com os líderes da base no Senado.
Na edição desta terça-feira, O GLOBO mostrou que a CPMF poderá ser maior para atender os estados.
Participam da reunião com Dilma dez líderes de partidos aliados e dois vice-líderes. Quatro ministros também estão presentes: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Comunicações). Os líderes presentes: José Guimarães (Governo), Leonardo Picciani (PMDB), André Figueiredo (PDT), Aluísio Mendes (PSDC), Domingos Neto (PROS), Eduardo da Fonte (PP), Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Aro (PHS), Maurício Quintela (PR), Rogério Rosso (PSD), Ságuas Moraes (vice-líder do PT) e Wilson Filho (vice-líder do PTB).
Das dezesseis medidas anunciadas pelos ministros, apenas uma, a que altera a alíquota do Reintegra (um programa de incentivo à exportação) e que prevê arrecadação de R$ 2 bilhões, depende apenas de decreto de Dilma para entrar em vigor.
Alguns líderes se manifestaram na segunda, caso do Leonardo Picciani, do PMDB. Para ele, não se pode fugir ao debate da CPMF, mas, disse ele, essa disposição não significa que o imposto será aprovado. O governo espera aprová-lo em três meses.
Em jantar na noite de ontem com ministros da área econômica e da articulação política, o governo conseguiu convencer os 19 governadores presentes a assumir a linha de frente para negociar, no Congresso, o aumento da alíquota de 0.20% para 0.38% para que a nova CPMF seja compartilhada com estados e municípios.

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