quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ECONOMIA: Vendas do varejo caem 1% em julho e registram sexta queda consecutiva

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FOLHA.COM
BRUNO VILLAS BÔAS, DO RIO

Reinaldo Canato - 6.jan.2015/UOL

Com os preços mais altos, oferta restrita de crédito e consumidores contendo gastos para enfrentar a crise, as vendas do comércio varejista tiveram queda de 1% em julho na comparação com o mês anterior.
Foi a sexta queda consecutiva das vendas do setor, a mais longa sequência desde 2001. Foi também o pior resultado para meses de julho desde o início da série histórica do IBGE, de 2000.
Mais dependente de crédito do que outros ramos, o segmento de móveis e eletrodomésticos foi um dos destaques negativos da pesquisa do IBGE. Em julho, o segmento recuou 1,7% na comparação com o mês anterior.
Outro destaque negativo foi o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O ramo teve uma queda de venda de 1% na passagem de junho para julho, informou o IBGE nesta quarta-feira (16).
Volume de vendas do varejo - Em %
O setor é muito dependente da massa de salários, cuja evolução está sendo afetada pela piora do mercado de trabalho e pelo próprio avanço dos preços, que corrói o poder de compra dos consumidores brasileiros.
Outra forte queda veio do ramo de equipamentos material para escritório, informática e comunicação (-5,5%).
Volume de vendas do varejo em jul.2015 - Segundo grupos de atividade, em %
O ramo de tecidos, vestuário e calçados também tem sido afetado pela restrição orçamentária das famílias brasileiras. O setor também teve uma queda de vendas de 1% em julho, na comparação ao mês anterior.
Dos oito setores acompanhados pelo IBGE, sete tiveram queda na passagem dos meses.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda do varejo foi de 3,5%. As vendas encolhem assim 2,4% no ano e 1% em 12 meses.
Editoria de Arte/Folhapress

VAREJO AMPLIADO
O IBGE também calcula as vendas do comércio varejista ampliado, que inclui dois ramos do comércio que também atuam no atacado: automóveis e materiais de construção. As vendas caíram 0,6% frente a junho deste ano.
Neste caso, as vendas de veículos tiveram uma alta de 5,1% no mês, segundo dados do IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor teve queda de 13,3%.
Já os materiais de construção, que surpreenderam com um alta de 5,5% no mês passado, desta vez tiveram uma queda de 2,4% na série com ajustes sazonal.
Com o desempenho tão ruim, o comércio varejista fechou 29.847 postos de trabalho formais em julho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho. Em 12 meses, o saldo é positivo em 17.269 postos.
Segundo Fabio Bentes, economista Conferederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas de fim de ano devem permanecer bem ruins para o setor por causa da desvalorização cambial, que encarem produtos importados.
"Vamos ter um Natal tropical, já que pescados, frutas e bebidas estão mais caras. Mesmo os pães encarecem, já que o aumento do dólar acaba afetando o trigo, que é um produto com cotação internacional", disse Bentes.

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