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O ESTADO DE S. PAULO
Mercado reage ao rebaixamento da estatal ao grupo de empresas consideradas mau pagadoras pela agência Moody's
As ações da Petrobrás, como era de esperar, abriram em queda o pregão desta quarta-feira, 25. Na terça, a empresa teve a sua nota de crédito rebaixada para "grau especulativo" pela agência Moody's.
Por volta das 11h30, os papéis ordinários da empresa caiam 7,08%; preferenciais, 7,71%. Ambos os papéis eram vendidos por pouco mais de R$ 9,00. No pior momento do dia, chegaram a recuar mais de 8%. O Ibovespa, no mesmo horário, caía 1,35%, para o nível dos 51.173 pontos. O dólar comercial opera em alta de 1,16%, vendido por R$ 2,865.
Por causa da crise pela qual atravessa a Petrobrás, ela não mais é considerada pela agência Moody's como boa pagadora de seus débitos. Isso complica ainda mais a situação da companhia, que é a petroleira mais endividada do mundo. Sem o grau de investimento, o acesso a novos financiamentos fica mais difícil e a empresa pode ter de pagar juros maiores que os que conseguia até agora. Seu grau agora é considerado especulativo.
Segundo analistas, as outras duas agências de classificação de risco mais relevantes para o mercado, Fitch e S&P, tendem a seguir a mesma decisão da Moody's. Além disso, de acordo com relatório do Bank of America, dada a importância da estatal para a economia brasileira, a nota de crédito do Brasil tem pode ser revisada em breve.
Fora do Brasil, o rebaixamento da Petrobrás também já traz consequência negativas para a empresa. Todos os títulos de dívida da estatal negociados no mercado em Frankfurt, na Alemanha, registram queda. Alguns papéis já são negociados abaixo de 80% do valor de face. Indica, portanto, o movimento dos investidores de acatar a avaliação da Moody's, de rebaixar o rating da estatal para o "grau especulativo".
Nos Estados Unidos, as ADRs da Petrobrás, que são recibos que representam as ações da companhia fora do País, recuam quase 7% - mesmo patamar observado no mercado brasileiro.
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