sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ECONOMIA: Dólar recua pelo quinto dia e vale R$ 2,30; Ibovespa sobe mais de 2% puxado por OGX

De OGLOBO.COM.BR

No exterior, principais Bolsas estão em queda
BC fará novo leilão de dólares com compromisso de recompra
SÃO PAULO - O dólar comercial iniciou a sessão desta sexta-feira em baixa e às 11h20m, se desvalorizava 0,77% sendo negociado a R$ 2,304 na compra e R$ 2,306 na venda. É o quinto dia consecutivo de queda da moeda americana, que na semana já recuou mais de 2,6%. Na máxima do dia, o dólar foi negociado a R$ 2,319 e na mínima bateu em R$ 2,282. No mercado futuro, o contrato da moeda americana com vencimento em outubro recuava 0,70%, a R$ 2,321. Ontem,o dólar comercial fechou em baixa de 1,35% cotado a R$ 2,32.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o principal índice abriu em alta e às 11h19m subia 2,58% aos 53.700 pontos e volume negociado de R$ 1,6 bilhão. O Ibovespa é puxado pela alta de mais de 30% das ações ordinárias da OGX, que sobem após a notícia de que a diretoria da empresa exerceu a opção para Eike Batista, o controlador da empresa, exerça a ‘put’ (garantia) de inejtar US$ 1 bilhão na companhia. Ontem, o Ibovespa se valorizou 1,23% aos 52.351 pontos, o nível mais alto em três meses.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA sobe 0,40% a R$ 32,47; Petrobras PN tem alta de 0,68% a R$ 17,67; OGX Petróleo ON avança 36,58% a R$ 0,57; Itaú Unibanco ganha 1,36% a R$ 29,79 e Bradesco PN avança 0,67% a R$ 28,30.
A Bovespa está na contramão dos mercados europeus e americanos, que estão em baixa.
Nesta sexta, o Banco Central faz mais um leilão de linha, uma espécie de empréstimo aos bancos do dia em baixa no valor de até US$ 4 bilhões. Nessa operação, o BC oferta dólares no mercado à vista, com compromisso de recompra no futuro.
Na pauta de hoje, os investidores analisam o número do IPCA, inflação oficial brasileira, que subiu de 0,03% em julho para 0,24% em agosto. Ainda assim, em 12 meses, o IPCA está em 6,09%, abaixo do teto da meta de 6,5% estabelecida pelo governo. O resultado veio em linha com o que esperavam os analistas.
Na BM&F, os contratos de juros futuros recuam com a baixa do dólar e refletindo o número da inflação. O papel para janeiro de 2015 recua de 10,45% para 10,30%. As taxas dos papéis para janeiro de 2014 passam de 9,26% para 9,24%. E os contratos com vencimento em janeiro de 2017 sobem para 11,78% de 11,55%.
Nos Estados Unidos, o número mais esperado era o da criação de novas vagas de emprego, que veio abaixo do esperado. Foram criadas 169 mil empregos em agosto, frente a expectativa de criação de 187,5 mil novas vagas. Para a taxa de desemprego, a expectativa era de manutenção em 7,4% e o indicador recuou para 7,3%. O desemprego é um indicador acompanhado com lupa pelo Federal Reserve (o banco central) americano para começar a redução dos estímulos à economia. Esse processo, segundo disse o presidente do Fed, Ben Bernanke, deve ser iniciado quando o desemprego ficar mais próximo de 7%.
- O ritmo de criação de vagas claramente começa a apresentar uma redução momentânea.A decepção de hoje, reforçada pela piora em indicadores estruturais, deveria corrigir algum otimismo por parte do mercado com a recuperação econômica em curso - avalia o economista da XP Investimentos, Daniel Cunha.
Nos EUA, os principais índices estão em baixa. O S&P500 recua 0,36%; o Dow Jones perde 0,66% e o Nasdaq tem baixa de 0,51%.
Leilões do Banco Central começam a tirar pressão do dólar
Analistas ouvidos pelo GLOBO avaliam que os leilões diários de venda de dólares feitos pelos Banco Central já começaram a fazer efeito. Investidores começam a se desfazer de posições 'compradas' na moeda americana.
- O dólar recuou com investidores se desfazendo de posições compradas na moeda americana (que apostam na na alta do dólar) no mercado futuro. Com o dólar abaixo de R$ 2,35, certamente muita gente deu ordens de ‘stop loss’ na BM&F. Também contribuem para a baixa entradas pontuais de recursos de estrangeiros na renda fixa, comprando títulos do Tesouro - diz um operador de câmbio.
Segundo ele, as notícias de que empresas brasileiras preparam captações no exterior também ajudam na queda da moeda.
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso, a queda do dólar, após o anúncio do plano de ação do BC, veio antes do que se esperava.
- Os leilões do BC começaram a surtir efeito mais rápido do que se esperava. Essa queda abrupta do dólar para um nível abaixo de R$ 2,35 indica desmonte de posições compradas, que apostavam num dólar a R$ 2,60 e R$ 2,70, e a entrada de dólares, que não são mais represados, mas sim repassados ao mercado - diz Galhardo.
Ele lembra que a sinalização de novas altas da Selic dadas pela ata do Copom divulgada nesta quinta também acabam atraindo investidores estrangeiros que vêm buscar ganhos nos juros.

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