De OGLOBO.COM.BR
Ibovespa vai na contramão do mercado externo e perde 0,45%
Investidores analisam ata do Copom divulgada nesta manhã
SÃO PAULO – Em dia de ata do Copom, decisão sobre juros na Europa e novos dados da economia americana, o dólar comercial se desvaloriza mais de 1% frente ao real. É o quatro dia consecutivo de queda da moeda americana. Às 11h22m, a divisa estava sendo negociada a R$ 2,330 na compra e R$ 2,332 na venda, uma desvalorização de 1,01%. Na máxima do dia, a moeda americana subiu a R$ 2,3750 e na mínima foi negociada a R$ 2,330. O Banco Central fez nesta manhã nova oferta de até US$ 500 milhões em contratos de swap cambial, dentro do programa anunciado para reduzir a escalada da moeda americana frente ao real.
- O dólar recua com investidores se desfazendo de posições compradas na moeda americana (que apostam na na alta do dólar). Também contribui para a baixa entradas pontuais de recursos - diz um operador de câmbio.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o principal índice, o Ibovespa, está na contramão do mercado externo, devolvendo os ganhos dos últimos pregões. Às 11h25m, o Ibovespa se desvalorizava 0,45% aos 51.482 pontos. A possibilidade de um conflito militar na Síria e a reunião do G-20, vinte países mais riscos do mundo, estão no radar dos investidores.
Os investidores analisam a ata Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada hoje. A ata trouxe uma elevação do câmbio em seu cenário de referência, de R$ 2,25 para R$ 2,40. O documento considera que novas altas dos juros são apropriadas. O Copom avalia que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação mostre resistência. Na última reunião do Copom, a taxa de juro básica, Selic, foi elevada de 8,50% para 9% ao ano.
Para o estrategista da Capital Markets, Darwin Dib, a Selic subirá mais 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom e outros 0,25 no encontro seguinte, chegando ao final do ano em 9,75%. Em 2014, com as eleições presidenciais no radar, a expectativa do estrategista é que os juros permaneçam em 9,75%.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros da zona do euro em 0,5%, conforme o esperado pelos analistas do mercado. As principais Bolsas europeias estão em alta. O índice Dax, do pregão de Frankfurt, sobe 0,29%; o Cac, da Bolsa de Paris, se valoriza 0,50% e o FTSE, do pregão de Londres, tem alta de 0,72%.
Nos EUA, os principais índices também abriram em alta. O S&P500 sobe 0,29%; o Dow Jones ganha 0,22% e o Nasdaq se valoriza 0,30%.
Foram divulgados nesta manhã novos números de emprego nos EUA. O setor privado criou 176 mil vagas no mês de agosto, de acordo com o levantamento da Automatic Data Processing (ADP), menos do que a estimativa de alguns analistas, que esperavam a criação de 178 mil a 185 mil postos.Já os novos pedidos de seguro-desemprego caíram em 9 mil na semana terminada em 31 de agosto, somando 323 mil. Os dados são do Departamento do Trabalho americano. Alguns economistas previam uma leitura de 330 mil a 332 mil.
Amanhã, o Departamento do Trabalho americano divulgado dos dados de emprego de agosto, que devem influenciar na decisão do Federal Reserve, o banco central americano, de reduzir ou manter os estímulos à economia.
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