quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

POLÍTICA: Nem tudo são flores

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Aparentemente, o PMDB está apaziguado e em harmonia depois das eleições de Renan Calheiros para a presidência do Senado e de Henrique Eduardo Alves para a da Câmara. Não é bem assim, porém. Está em convulsão nos bastidores partidários novamente, especialmente na bancada da Câmara e em alguns Estados, a insatisfação da "plebe" com o tratamento que recebe do governo Federal, com as relações sempre na base de intriga com o PT, e com os caciques partidários. Este sempre foi um tema recorrente no PMDB nos últimos tempos, mas que Michel Temer e seu grupo conseguiram contornar com habilidade e sem muitos danos, a não ser alguns sustos que os peemedebistas costumam pregar na presidente Dilma. Agora, porém, está diferente. Como já se entrou na reta final das eleições do ano que vem, os peemedebistas querem ser tratados, tanto pelo governo, quanto pelo PT e os manda-chuvas do partido com "mais respeito", como alguns deles andam dizendo abertamente pelos corredores do Congresso.

Ameaças de deserção

Há ameaças sérias de deserção, como a dos mineiros bandeando-se para a candidatura de Aécio Neves se não ganharem um ministério ou algo nas estatais que valha por isso. De um modo geral, o PMDB quer mais ministérios "eleitoralmente" melhores que os quase decorativos (sem importância ou porque eles não mandam de fato) que têm hoje. Esta insatisfação pode explodir na convenção do partido dia 2, sábado, quando Michel Temer, tido por muitos como mais dilmista e governista que peemedebista, pretende disputar a reeleição para mais um mandato à frente da legenda.

Aposta na deserção

Aécio Neves aposta sério na deserção. Não à toa ficou escondido quando a dupla Henrique Alves e Renan Calheiros estava sendo eleita para liderar o poder Legislativo. O risco de Aécio é evidente : pode estar tão sintonizado na "pequena política" que pode esquecer-se de que o eleitor está nas ruas. Aparentemente o mineiro percebeu este risco, mas o seu jogo tem limites : não para de pensar nos parceiros de palanque em 2014. Resta saber se haverá público para escutar o que tem a dizer na eleição presidencial. Além disso, o único aliado interno ao PSDB que tem no curto prazo e que tem voz própria chama-se Fernando Henrique Cardoso, com seus méritos e deméritos.

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