quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

POLÍTICA: Ele vai nomear também?

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Todos os indícios são de que a presidente Dilma "terceirizou" para o ex-presidente Lula as tarefas de manter a base aliada no Congresso unida e obediente e a de formar o grande palanque com o qual ela pretende disputar a reeleição do ano que vem. O objetivo é macro : é aceitável que fiquem de fora apenas o PSDB, o PPS, o DEM e o partido de Marina Silva (se vier a ser criado). Até mesmo o PSB de Eduardo Campos está sendo cercado para, na hora certa, ser cassado e jogado no redil oficial. Tais objetivos exigem amplas (e às vezes inconfessáveis) negociações. Todos estão dispostos a seguir com a presidente desde que sejam regiamente compensados. Com antecipação, nada de contas a pagar em 2015. É aqui e agora. A moeda de troca mais comum chama-se emprego, em ministérios e postos chaves na burocracia Federal. As perguntas são : (1) Lula recebeu carta branca para negociar como bem entender com os aliados? (2) Pode fazer qualquer oferta? (3) Ela vai nomear também ou só indicar? É bom lembrar que parte das indicações de Lula para Dilma no início do governo dela acabou "faxinada".

Eles não estão gostando

Uma parcela dos petistas, com todo o respeito que tem por Lula e Dilma e entendem que o objetivo maior do partido deve ser o poder maior da República, não está gostando muito dos movimentos para criar um palanque para Dilma inflado como nunca houve antes na história deste país. O temor se justifica: os aliados, como compensação pela adesão, deverão cobrar, além de empregos, apoios petistas para seus candidatos a governador, apoio preferencial a alguns candidatos ao Senado e alianças nas eleições para a Câmara dos Deputados sempre que for conveniente para eles. É a escola PMDB em ação: não disputa a presidência, mas garante algum poder nos Estados e bancadas de peso na Câmara e no Senado, seus dois grandes trunfos de barganha com a presidência. O PMDB, que é o modelo dos outros em menor escala, sonha em ter candidatos competitivos aos governos estaduais em pelo menos 20 dos 27 Estados. Muitos com o apoio do PT. Como no RJ, por exemplo, onde o petismo já está nas ruas com a candidatura do senador Lindeberg Faria.

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