sexta-feira, 1 de março de 2013

CIDADE: Ônibus são apedrejados por rodoviários em greve no Rio; paralisação afeta 3 milhões de pessoas

Do UOL, no Rio


Reynaldo Vasconcelos/Futura Press

Logo pela manhã, passageiros lotaram a Central do Brasil, no Rio de Janeiro, devido à greve de motoristas e cobradores de ônibus
Cerca de 50 ônibus que circulam pela zona oeste do Rio de Janeiro foram apedrejados nesta sexta-feira (1º) por rodoviários grevistas que promoviam piquetes nas portas das garagens das empresas Pégaso e Viação Jabour, em Campo Grande.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, os veículos foram atingidos por "paralelepípedos, pedras e vidros quebrados", entre outros objetos, e motoristas foram agredidos. A paralisação no Rio afeta cerca de três milhões de pessoas na região metropolitana e na Baixada Fluminense.
De acordo com a Polícia Militar, não houve consequências mais graves em função dos atos de violência dos grevistas. O policiamento na região das empresas e na avenida Brasil, onde também ocorreram casos de ônibus apedrejados, foi reforçado.
Trabalhador não pode ser punido, diz prefeito
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que a greve de 24 horas iniciada pelos rodoviários na madrugada desta sexta-feira (1º) tem o objetivo de "estabelecer pressões". Em entrevista à "TV Globo", o chefe do Executivo carioca pediu desculpas à população e disse esperar que as concessionárias "tenham responsabilidade".
VEJA QUAIS SÃO AS EXIGÊNCIAS DA CATEGORIA
Piso de R$ 2 mil para motoristas
Piso de R$ 1,1 mil para cobradores
Fim da dupla função motorista/cobrador
Jornada de trabalho de seis horas
Pagamento de horas extras
Cesta básica de R$ 200
Plano de saúde (titular + três dependentes)
Vale refeição de R$ 15
Adicional de insalubridade
"A gente espera que as concessionárias de ônibus tenham responsabilidade. Se não tiverem, serão punidas por isso. O que não pode é o trabalhador ser punido. Um movimento desses no aniversário da cidade claramente tem a intenção de estabelecer pressões. Nós não vamos aumentar a passagem agora. Peço desculpas ao trabalhador carioca e espero que ao longo do dia a situação volte ao normal", afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes afirmou que a paralisação liderada pelo Sindicato dos Rodoviários é parcial e, "ao longo das últimas horas, está sendo observado aumento gradativo da frota nas ruas do Rio". A greve foi iniciada depois que os rodoviários não aceitaram uma oferta de 8% de reajuste.
O governo municipal também determinou que os quatro consórcios que exploram o transporte rodoviário na cidade "coloquem imediatamente a frota programada nas ruas". A Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) recorreu à Justiça para que seja decretada a ilegalidade da greve.
No BRT Transoeste, conhecido popularmente como Ligeirão, que liga Santa cruz à Barra da Tijuca, na zona oeste, estão funcionando apenas 22 ônibus articuladas --a frota média é de 80 veículos.
Alguns dos carros que foram apedrejados pertencem ao sistema do BRT. De acordo com a prefeitura, todas as estações do corredor Transoeste estão abertas e não há registro de tumulto.

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