quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

POLÍTICA: Cabral reafirma que pode ir ao STF por royalties

De OGLOBO.COM.BR
BRUNO ROSA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
CRISTIANE JUNGBLUT (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)

Governador do Rio diz que Justiça será acionada se veto de Dilma for derrubado
Votação dos vetos dos royalties é marcada para terça-feira
RIO e BRASÍLIA - O governador do Rio Sérgio Cabral disse que, caso o veto da presidente Dilma Rousseff seja derrubado pelo Congresso Nacional, o estado entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF).
— Vamos aguardar a decisão do Congresso Nacional. E, caso a decisão seja pela derrubada do veto, a matéria se torna lei imediatamente, após a publicação. E, assim que for publicada, entraremos com uma ação de incostitucionalidade no Supremo. Estamos com a ação pronta, preparada pelo jurista Luis Roberto Barroso, que é procurador do Estado. Tão evidente que não se pode ferir contratos e atos juridicos concluídos, me parece que isso será um ponto pacífico de conquista no Supremo. Estamos confiantes de que nesse pais contratos são respeitados — disse Cabral, em evento que anunciou a construção de uma nova fábrica de água da Nestlé no Estado do Rio.
Segundo Cabral, o Rio vai entrar sozinho com a ação. Segundo ele, o Espírito Santo deve lançar mão de outra Adin:
- Creio que é outra ação de Adin, porque o Espírito Santo também é parte interessada.
Mais cedo nesta quinta-feira, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), acertaram que o veto dos royalties será votado na próxima terça-feira pelo Congresso, antes do Orçamento da União. Prevaleceu a opinião política de Henrique, que defendeu a votação dos royalties em primeiro lugar. A ideia é votar os royalties e, em seguida, o Orçamento, na mesma sessão do Congresso marcada para a noite de terça-feira. Mas, com a obstrução anunciada da bancada do Rio, dificilmente o Orçamento será votado na mesma sessão e há risco de ele ficar para a semana seguinte.
— Acertamos para terça-feira a votação dos royalties e, em seguida, vamos votar o Orçamento. A Casa quer (a votação dos royalties primeiro). Se possível, vamos votar o Orçamento na mesma sessão. Se não, vamos votar o Orçamento na quarta-feira. Vamos tentar fazer uma votação simplificada do veto — disse Henrique.
Henrique disse que a bancada do Rio tem direito de tentar impedir a votação do veto, mas acredita que a questão não vai se prolongar.
Renan disse ainda que, passada esta etapa dos royalties e do Orçamento, definirá a votação dos demais vetos pendentes.
— O processo legislativo não pode ficar pela metade. Depois, vamos definir os demais vetos, mas cada dia com sua agonia. Dos três mil vetos, 1478 vetos podem ser prejudicados - disse Renan.
O relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), preferia que o Orçamento fosse votado antes.
A bancada do Rio foi derrotada no Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a liminar do ministro Luiz Fux que obrigava a análise cronológica dos vetos presidenciais. Ele disse que a decisão do Supremo respalda a posição do Congresso, que não costumava seguir a ordem cronológica.
O deputado Hugo Leal (PSC-RJ) disse que a questão acabará no Supremo.
— A estratégia regimental de obstrução vai continuar — disse Hugo Leal.
Renan comemorou ontem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a liminar do ministro Luiz Fux que obrigava a análise cronológica dos vetos presidenciais. Ele disse que a decisão do Supremo respalda a posição do Congresso, que não costumava seguir a ordem cronológica.
— Ficamos felizes com a decisão do Supremo, porque ela consubstancia o papel principal do Congresso — disse Renan, lembrando que venceu a tese do próprio Senado, que encaminhara recurso ao STF alegando que não era necessário respeitar a ordem cronológica.

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