quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ECONOMIA: O Banco Central, os juros e o exemplo

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Como não funcionou totalmente a verborragia oficial para convencer os agentes econômicos, especialmente o mercado, que o BC não tem nenhuma limitação em relação à política monetária e aos juros, começa-se a especular mais fortemente, inclusive nos corredores brasilienses, sobre a possibilidade de a autoridade monetária aprovar na reunião do Copom da próxima semana, ou na do final de abril, um ajuste na Taxa Selic. Seria apenas um aumento pequeno, de apenas 0,25 ponto percentual, apenas para mostrar que o BC continua independente, não sofre "ingerência" nem do Ministério da Fazenda nem do Palácio do Planalto. E mais : que as conveniências eleitorais não batem na porta do imponente edifício meio ocre de grande destaque na paisagem de Brasília, ao lado da Praça dos Três Poderes.

O Banco Central, os juros e o exemplo - II

O BC só voltaria a mexer nos juros básicos da economia para valer mesmo se as expectativas do governo em relação ao comportamento da inflação não se confirmarem. Pelas contas planaltinas, a inflação anualizada ficará alta até meados do ano, sempre acima de 6% podendo até estourar o centro da meta (6,5%) e depois cairia gradualmente até chegar a 5,5%, a mais recente aposta do ministro da Fazenda, Guido Mantega. O governo não desistiu de usar todos os instrumentos possíveis para fazer este ano um PIB bem melhor que o do ano passado, que deve ter ficado em torno de 1%. Inclusive os instrumentos monetários. Por isso, o ajuste de 0,25 ponto se vier é apenas para dar o recado de que o BC está vivo. Todavia, esse rumo pode mudar muito se os preços continuarem rebeldes no segundo semestre. Por uma simples razão : é melhor fazer o mal agora (aumentando os juros) quando a eleição está relativamente longe do que ter que mexer com um dos principais slogans da campanha de Dilma quando a luta eleitoral estiver pegando fogo.

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