terça-feira, 12 de novembro de 2013

ECONOMIA: EUA : Alto desempenho e alguns riscos

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Para quem duvida da recuperação da maior economia do mundo a divulgação do PIB do terceiro trimestre do ano (= 2,8% em termos anualizados) foi um banho de água fria. Para os que creem na recuperação o dado não foi apenas um alívio em relação ao passado recente, mas uma sólida esperança no médio prazo. A economia dos EUA está a crescer de forma consistente, com aumentos sucessivos na taxa de consumo e crescentes indicadores de investimento. O mundo agradece, pois a elevação da demanda norte-americana tira, por ora, os maiores temores em relação à redução da atividade econômica chinesa. Não à toa o mercado de ações dos EUA apresentou elevação de 28%, medido pelo índice S&P 500. Trata-se do terceiro melhor desempenho durante um segundo mandato presidencial desde os anos 1930. O conservador Obama faz companhia a seus antecessores Clinton e Reagan. Este espetacular desempenho não indica a existência de uma "bolha especulativa", mas um saudável desempenho conforme indicamos. Ou seja, a política de estímulos monetários e fiscais preconizada desde o governo Bush faz sentido e coloca os republicanos do "Tea Party" sob tiroteio da opinião pública.

EUA : Alto desempenho e alguns riscos - 2
Para o Brasil a recuperação norte-americana é, de um lado, uma boa notícia. Isso porque a economia mundial precisa de alentos de demanda o que ajuda as nossas commodities. De outro lado, aumentos de demanda implica em preocupações com (i) a sustentação da política de estímulos fiscais dos EUA e (ii) a elevação da taxa de juros básica. Logo, a equação econômica que combina alta da demanda com elevação dos juros e menos déficit público irá irremediavelmente aumentar o valor do dólar norte-americano. Serão as moedas dos chamados "emergentes" as maiores prejudicadas com a alta do dólar. O real é uma delas e tem a sua situação agravada pela política fiscal frouxa adotada pelo governo, bem como pela ausência de crescimento econômico, sobretudo devido ao baixo nível de investimento. Cabe-nos prestar a atenção para a nova dinâmica da economia brasileira pela qual uma maior pressão cambial gera mais inflação e debilita mais a confiança e eleva os juros. Uma delicada administração econômica que cabe ao ministro Mantega e sua equipe acostumada a ventos mais favoráveis.

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