quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ESPIONAGEM: Chanceler tem encontro hoje na Casa Branca para ouvir explicações sobre espionagem

De OGLOBO.COM.BR
FLÁVIA BARBOSA(EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)

Luiz Alberto Figueiredo vai se reunir às 18 horas com Susan Rice, conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos
Viagem oficial de Dilma ao país depende agora do que será dito logo mais em Washington
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, durante entrevista no Palácio Itamaraty, no dia 2 - Ailton de Freitas / O Globo
WASHINGTON - Dez dias após a denúncia de que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) espionou a presidente Dilma Rousseff e seus auxiliares, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, será recebido hoje pela conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice. No encontro em Washington, marcado para 18 horas (horário de Brasília), o chanceler vai ouvir as explicações do governo americano sobre o monitoramento realizado no Brasil, como foi prometido, na semana passada, pelo presidente Barack Obama a Dilma, durante a Cúpula do G-20, na Rússia.
A espionagem do governo americano no Brasil, como mostrou o programa “Fantástico”, da TV Globo, no último domingo, ocorre também na Petrobras. Os documentos que comprovam as denúncias foram repassados ao jornalista britânico Glenn Greenwald por Edward Snowden, técnico que trabalhou na agência e hoje está asilado na Rússia.
Na última segunda-feira, em nota, Dilma cobrou esclarecimentos e exigiu medidas concretas do governo norte-americano sobre a espionagem praticada no país. No texto, ela diz que, uma vez confirmada a espionagem na Petrobras, “fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos”. Disse também que “tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas” , lembrando que a Petrobras “não representa ameaça à segurança de qualquer país”, mas “um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro”.
Convidada por Obama para uma visita oficial a Washington, em outubro, a viagem da presidente depende agora das explicações que serão dadas hoje por Susan Rice. Ontem, após tomar café da manhã no Palácio da Alvorada, o governador da Bahia, Jaques Wagner, contou que Dilma vai reclamar da ação da NSA no discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, em Nova York.

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