terça-feira, 10 de setembro de 2013

ECONOMIA: Dados da China fazem Bolsa se valorizar; dólar inverteu a tendência e sobe a R$ 2,28

De OGLOBO.COM.BR

Produção industrial e vendas no varejo cresceram acima do esperado
Na Europa e nos EUA, principais pregões sobem com menor chance de intervenção militar na China
SÃO PAULO - Novamente a China dá o tom do mercado financeiro nesta terça-feira. Com números que mostram uma indústria mais forte e um aumento das vendas no varejo, a economia chinesa dá sinais de que voltou aos trilhos do crescimento sustentado, o que agrada aos investidores. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o principal índice, o Ibovespa, abriu em alta e às 12h33m subia 0,63% aos 54.591 pontos e volume negociado de R$ 2,9 bilhões. O índice sobe puxado principalmente pelas ações da Vale.
O dólar abriu os negócios em queda frente ao real, influenciado pela China, mas pouco depois das 12h inverteu a tendência. Às 12h20m, a divisa se valorizava 0,13%, sendo negociada a R$ 2,279 na compra e R$ 2,281 na venda. Na máxima do dia, o dólar atingiu a cotação de R$ 2,282 e na mínima foi negociado a R$ 2,263.
Para Álvaro Bandeira, economista-chefe da Órama Investimentos, o cenário externo positivo pode levar o Ibovespa aos 56 mil pontos, nos próximos dias.
- Mas as fortes oscilações das empresas ligadas ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, é um dos fatores que pode comprometer esse desempenho - analisa o economista.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA sobe 1,63% a R$ 33,62, já que a China é o principal cliente do minério de ferro produzido pela empresa; Petrobras PN avança 1,04% a R$ 18,36; OGX Petróleo ON cai 2,32% a R$ 0,42; Itaú Unibanco PN sobe 0,74% a R$ 31,06 e Bradesco PN tem ganho de 1,15% a R$ 29,83.
Na BM&F, os contratos de juros futuros iniciaram a sessão em alta, pressionados pela aceleração da inflação medida pelo Indice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador registrou alta de 1,02%, no primeiro decêndio de setembro, ante a inflação de 0,13% registrada no mesmo período de agosto. O contrato com vencimento em janeiro de 2015, tem taxa subindo de 10,29% para 10,35% e o papel com vencimento em janeiro de 2017 avançava de 11,51% para 11,58%.
Indústria e varejo da China apresentam bom desempenho em agosto
De acordo com o departamento de estatísticas da China, a produção industrial do país cresceu 10,4% em agosto na comparação com igual período do ano anterior, após apresentar expansão anual de 9,7% em julho. Na Ásia, as ações atingiram o maior nível em três meses.
"A produção industrial teve o crescimento mais significativo [em base anual] desde março de 2012 e ficou bem acima do que a maioria esperava", informaram economistas da Capital Economics em nota, citando que a expectativa da consultoria era de uma expansão de 10,0%.
Além disso, as vendas no varejo tiveram um crescimento nominal de 13,4% em agosto na comparação com igual período do ano passado. Em julho, as vendas aumentaram 13,2% Descontando os efeitos da inflação, as vendas no varejo da China tiveram alta de 11,6% em agosto frente ao mesmo período do ano passado.
Os investidores também acompanham os desdobramentos sobre a Siria. O país informou que aceita a proposta da Rússia que prevê colocar o estoque de armas químicas sírias sob controle internacional. Isso evitaria uma intervenção militar americana no país. Nos EUA, os principais índices acionários estão em alta. O S&P 500 se valoriza 0,58%; o Dow Jones tem ganho de 0,65%; o Nasdaq avança 0,57%. Na Europa, a possibilidade de que não haja conflito militar na Síria também faz as Bolsas subirem.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |