terça-feira, 10 de setembro de 2013

ECONOMIA: O pior já passou ?

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Diz em alto tom a presidente Dilma Rousseff que "falharam mais uma vez os que apostavam em aumento do desemprego, inflação alta e crescimento negativo". O governo acerta, diz a primeira mandatária do país porque "nosso (do governo) tripé de sustentação continua sendo a garantia do emprego, a inflação contida e a retomada gradual do crescimento". Trata-se evidentemente de uma perspectiva bastante eleitoral pelo qual a presidente procura distinguir "nós" (o governo) "deles" (qualquer um que discorda do governo). Como se vê, não é esta a questão de fato, especialmente quando se trata a crítica como mera aposta, quem sabe daquelas que se faz em mesas de botequins. O que fica evidente é a face autoritária do discurso e da presidente, pessoa conhecida por ser temperamental e pouca afeita ao diálogo. De nossa parte, não cremos que homens de negócio, trabalhadores, servidores públicos, estudantes, etc., não cremos que exista uma "aposta" contra o país.

O pior já passou ? - 2
O que de fato se vê é um país sem reformas estruturais, baseado na improvisação nas relações (tensas) com o setor privado, marcado pela profunda incompetência na concepção e estruturação das políticas públicas e sem avanços substantivos nas relações econômicas e sociais. Neste último item é clara a cooptação de segmentos sociais desprotegidos por meio de políticas que cristalizam as condições das classes sem educação, saúde, sem acesso à tecnologia e moradoras de lugares tristemente coroados pela miséria. Os resultados são evidentes, queira a presidente desejar vê-los ou se esconder por detrás de um discurso escrito por seu "marqueteiro". O que se comemora é um PIB bem abaixo das possibilidades do país. O que se vê na política é o compasso "fisiológico" das negociações com os agentes políticos, cujos fins são unicamente as eleições. As finanças públicas são maquiadas por artimanhas que realçam a pouca transparência e aguçam o desejo da Fazenda em fingir-se de "correta" para o tal do mercado e "social-desenvolvimentista" para quem quer ver o país andar.

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Este é um governo sem rumo claro, sem afinação com os princípios mais consagrados da democracia, sobretudo a transparência e a disciplina em buscar o bem comum. A presidente vocifera contra os que "apostam" contra, como se o dia da Pátria fosse palanque eleitoral. É grosseira quando se pronuncia sobre as críticas que sofre. Nada tem da imagem de "gerente" que pretendeu lançar nos tempos de sua eleição. Parece ter aprendido pouco quando se vê a mediocridade de seus resultados. É certo que o governo retomou a liderança do processo político. Afinal de contas, a oposição não propicia nenhuma alternativa crível às ansiedades mais profundas das sociedades. Estas temem pregar e se aliar aos segmentos sociais, pois carecem de legitimidade política. Neste contexto, não será surpresa a reeleição da tutelada do ex-presidente Lula. No passado também se viu FHC reeleito para quatro anos em que o país pagou o preço de sua política econômica desastrada no que diz respeito ao câmbio e à taxa de crescimento.

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