sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MUNDO: EUA: armas químicas de Assad mataram 1.429 pessoas, das quais 426 crianças

De OGLOBO.COM.BR

Secretário de Estado apresenta relatório e afirma que equipe de armas químicas de Assad esteve 4 dias antes em local que seria atingido
Imprensa libanesa afirma que parte dos inspetores já deixou a Síria
Refugiados sírios chegam à Turquia, na região de Antakya BULENT KILIC / AFP
WASHINGTON - O secretário de Estado americano, John Kerry, apresentou um relatório da Inteligência, que segundo a Casa Branca não deixa dúvidas de que o ataque químico na Síria foi perpetrado pelas tropas leais ao presidente Bashar al-Assad, deixando 1.429 mortos, incluindo 426 crianças, no dia 21 agosto. O pronunciamento deixa claro que os EUA estão dispostos a responder ao ataque químico, mesmo que seja sem o apoio de aliados.
- Sabemos de onde se lançaram os foguetes e a hora. Sabemos que se encontram em zonas controladas pelo governo sírio e que os rebeldes não têm acesso. Sabemos que funcionários do governo estiveram na zona quatro dias antes do ataque para prepará-lo - afirmou Kerry, acrescentando que o relatório baseia-se em milhares de fontes.
Kerry lembrou que, como disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a equipe de inspetores das Nações Unidas na Síria não vai determinar quem usou as armas, mas o governo americano não tem dúvidas de que foi o regime. Ele garantiu que o presidente Barack Obama vai tomar uma decisão própria, no momento certo.
- Nós vamos continuar conversando com o Congresso, conversando com os nossos aliados e o mais importante conversando com o povo americano.
Parte das provas não serão compartilhadas com o público, mas apenas com o Congresso, por se tratarem de documentos sigilosos, segundo o secretário de Estado.
A divulgação do relatório vem após o Parlamento britânico rejeitar uma ação militar contra a Síria. Apesar de a participação do Reino Unido em uma intervenção ter sido descartada, o primeiro-ministro David Cameron defendeu nesta sexta-feira uma “resposta robusta” contra o uso de armas químicas. Ele disse ainda que havia outras formas de trabalhar com os aliados para fazer a máxima pressão sobre o regime sírio.
Parte dos inspetores da ONU já teriam deixado a Síria
Enquanto isso, pelo menos parte dos inspetores da ONU já teriam saído da Síria, embora eles só devessem deixar o país no sábado, segundo a imprensa libanesa. Mais cedo, eles visitaram um hospital em uma área controlada pelo governo, em Damasco - no que poderia ser uma tentativa de confirmar acusações do governo de que os rebeldes usaram armas químicas. Uma partida antes da data prevista pode indicar a iminência de um ataque, indicam especialistas.
A enviada da ONU na Síria, Angela Kane, também deixou o país e foi para Istambul, informou a AFP, citando uma fonte de segurança libanesa. Ela chegou em Damasco no último sábado para pressionar por uma investigação sobre o uso de substâncias proibidas.
A imprensa libanesa afirma que inspetores da ONU chegaram nesta sexta-feira ao aeroporto internacional de Beirute. Procurada pelo jornal britânico “Guardian”, a organização disse que não comentaria o assunto.

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