sexta-feira, 19 de abril de 2013

MUNDO: Unasul reconhece a vitória de Maduro

De OGLOBO.COM.BR
PAULO CELSO PEREIRA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)

Documento diz que eleição ratificou vocação democrática da Venezuela
Encontro reuniu nove presidentes
LIMA - Após quase quatro horas de reunião, os representantes dos onze países integrantes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) emitiram um comunicado defendendo a legitimidade da eleição presidencial da Venezuela ocorrida no último domingo e a recondução do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que assumirá definitivamente o mandato na manhã desta sexta-feira.
“O conselho de chefes de estado da Unasul (...) expressa sua felicitação ao povo venezuelano por sua massiva participação na eleição presidencial, que ratifica sua vocação democrática e saúda ao presidente Nicolás Maduro pelos resultados e sua eleição como presidente da República Bolivariana da Venezuela”, diz o texto lido na presença dos presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela e Suriname.
O encontro da cúpula de chefes de estado foi agendado de forma emergencial pelo presidente pró-tempore do colegiado, o líder peruano Ollanta Humala, para debater a situação de instabilidade política na Venezuela e acabou contando com a presença do próprio presidente venezuelano. A comitiva de Maduro desembarcou na capital peruana em dois aviões, trazendo além de Maduro, ministros, dezenas de assessores e seguranças.
- A ideia, o espírito da Unasul é contribuir e cooperar na solução dos problemas que possam afetar a democracia. Escutamos ao presidente eleito Nicolas Maduro, trocamos opiniões e chegamos a uma ata de consenso - explicou Humala.
A declaração divulgada pelos chefes de estado ainda exorta "todos os setores que participaram no processo eleitoral a respeitar os resultados oficiais".
“Toda reclamação, questionamento ou procedimento extraordinário que seja solicitado por algum dos participantes do processo eleitoral deve ser direcionado e resolvido dentro do ordenamento jurídico vigente e da vontade democrática das partes”, defende o documento.
A única ressalva diz respeito à recontagem dos votos, que vinha sendo considerada desnecessária tanto pelo governo venezuelano quanto por seus aliados mais próximos, como o Brasil. A declaração da Unasul "considera positiva a decisão do Conselho Nacional Eleitoral de implementar uma metodologia que permita a auditoria de todas as mesas eleitorais".
Por fim, os chefes de estado pediram o encerramento dos conflitos e designaram uma comissão para acompanhar as investigações dos atos violentos de segunda-feira, que deixaram oito mortos:
“O conselho faz um chamado para por fim a toda atitude ou ato de violência que ponha em risco a paz social do país e expressa sua solidariedade com os feridos e as famílias das vítimas fatais de 15 de abril”, encerra o documento.
Mesmo o encontro tendo terminado quando já passava das 1h30m horário local (3h30m de Brasília), a presidente Dilma Rousseff manteve o plano de ir imediatamente para Caracas. Na saída do encontro, ainda brincou:
- A vida é dura.

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