terça-feira, 16 de abril de 2013

MUNDO: Órgão eleitoral proclama Maduro vencedor sem esperar recontagem

De OGLOBO.COM.BR
Com Agencias Internacionais

Manifestantes entram em confronto com a polícia em Caracas
Manifestantes protestam diante de policiais e exigem a recontagem dos votos na Venezuela - LEO RAMIREZ / AFP
CARACAS - Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, foi proclamado presidente eleito da Venezuela na tarde desta segunda-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral do país, apesar de o líder da oposição Henrique Capriles não reconhecer o resultado e ter exigido uma recontagem "voto a voto". Enquanto Maduro participava do anúncio de sua vitória, confrontos foram registrados em Caracas com a polícia usando gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes.
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, proclamou Maduro vencedor com 7.563.747 votos, ou 50,75%. Ela anunciou Capriles em segundo lugar com 7.298.491 votos, 48,97% do eleitorado. A participação foi de 79,17%.
O governo venezuelano havia informado horas antes que Maduro ia ser proclamado o vencedor ainda hoje, pedindo que os eleitores comparecessem ao centro de Caracas para comemorar a vitória e o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral.
Em entrevista coletiva concedida no Palácio de Miraflores, Maduro pediu paz e calma na Venezuela. Segundo o chavista, a “extrema direita” do país prepara um golpe:
- Eles vão convocar uma greve geral, vão fechar vias principais de circulação. Estão incentivando o ódio entre as pessoas. Aqui não vai haver golpe de Estado - afirmou o interino.
Panelaço no momento da posse
O capítulo, no entanto, não parece estar encerrado, e Maduro deverá enfrentar uma oposição mais forte. Num discurso duro, Capriles afirmou nesta segunda-feira que a Venezuela tem um presidente ilegítimo, exigindo uma recontagem total dos votos e convocou seus eleitores a se manifestarem. A Casa Branca e a OEA apoiaram o pedido de recontagem.
Em seu discurso, o presidente eleito afirmou que setores da extrema-direita estão tentando enfraquecer as instituições para dar um golpe de Estado. Segundo Maduro, as correntes anti-chavistas promoveram uma “guerra” durante a campanha eleitoral:
- Não foi uma campanha eleitoral o que fizeram, foi uma guerra contra o povo. Querem matar a revolução e, matando a revolução, querem acabar com todos os disfarces e entregar esta pátria aos império estadunidense. Não se deixem levar pela violência. Não queremos violência. Já basta de ódio - afirmou.
Ele alertou que as forças de segurança do país há agentes infiltrados “em alguns órgãos” públicos que planejem atentar contra o povo para culpar o governo.
No momento em que Maduro era anunciado presidente eleito, um forte panelaço foi ouvido em várias cidades do país.
Manifestantes contrários ao anúncio do resultado saíram às ruas nos estados de Zulia, Lara, Miranda, Mérida, Barinas e Caracas. Em Lara, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas ao entrar em confronto com os policiais. Em Caracas, a polícia usou gás lacrimogêneo contra manifestantes que exigiam a recontagem dos votos.
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