sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ECONOMIA: China faz Bolsa operar em queda; dólar sobe frente ao real


De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais
Dados da balança comercial chinesa vieram mais fracos, mostrando desaceleração da segunda maior economia do mundo

SÃO PAULO - Dados mais fracos da balança comercial da China desanimam os investidores nesta sexta-feira. O Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), segue os pregões internacionais e opera em queda. Por volta de 11h15m, o índice se desvalorizava 0,64% aos 58.422. .O dólar comercial opera em alta frente ao real, acompanhando o movimento de valorização da moeda americana no mercado internacional. Por volta de 11h10m, a divisa americana subia 0,14% sendo cotada a R$ 2,017 na compra e R$ 2,18 na venda.
No mercado doméstico, as ações da Gafisa lideram as maiores altes do pregão após a empresa informar que teve um lucro líquido de R$ 1,04 milhão no segundo trimestre, revertendo as perdas de R$ 31,8 milhões no mesmo período do ano passado. Os papéis ON da Gafisa sobem 5,79% a R$ 3,29.
Entre as ações mais negociadas, Vale PNA cai 0,50% a R$ 37,36; Petrobras PN opera com alta de 0,04% a R$ 21,01; OGX Petróleo ON sobe 0,62% a R$ 6,40; Itaú Unibanco PN ganha 0,08% a R$ 33,85 e PDG Realty On cai 0,57% a R$ 3,45.
Na Europa e nos EUA, as Bolsas operam em queda. Na Ásia os principais pregóes fecharam em baixa após a divulgação de dados da balança comercial chinesa. Entre as Bolsas europeias, o índice Ibex, do pregão de Madri, cai 0,68%; o Dax, de Frankfurt, perde 0,68%; o Cac, de Frankfurt, cai 0,91% e o FTSE, do pregão de Londres, recua 0,29%. Nos EUA, o S&P 500 cai 0,20%; o Dow Jones perde 0,19% e o Nasdaq recua 0,28%.
Os dados da balança comercial chinesa, mesmo apresentando superávit, mostraram que a economia do país segue desacelerando. O superávit registrado foi de US$ 25,2 bilhões em julho, uma queda de 16,8% em relação a julho do ano passado. As exportações cresceram 1% no período, chegando a US$ 176,9 bilhões, o menor patamar em seis meses. Em junho, as exportações haviam crescido 11,3%. As importações avançaram 4,7%, para US$ 151,8 bilhões, contra uma expansão de 6,3% em junho.
Darwin Dib, analista da Capital Markets, lembra que o mercado esperava alta de 8% nas exportações e de 7% nas importações. A crise na Europa afetou o desempenho da balança comercial da China. As exportações para a Europa caíram 16,2%. Para os EUA, tiveram leve alta de 0,6%. O analista diz que a atividade econômica segue desaquecendo mais rápido do que o esperado e por enquanto não há perspectiva de recuperação à vista.
- O crescimento de apenas 1% das exportações, onde se esperava uma alta de 8%, frustrou uma perspectiva de crescimento consistente da demanda por produtos chineses - diz o analista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul.
Na quinta, foi anunciado que a produção industrial chinesa cresceu 9,2% em julho, uma queda em relação aos 9,5% de junho.
Após quatro dias de alta, as Bolsas asiáticas refletiram os números mais fracos da balança comercial chinesa e fecharam em queda. No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou com baixa de 0,97%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,66%, enquanto o índice Xangai composto, da China, caiu 0,24%. Na semana, o Nikkei acumulou alta de 3,93%, o Xangai Composto ganhou 1,68% e o Hang Seng subiu 2,38%.

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