Do POLÍTICA LIVRE
Florence Perez, Correio
“Enquanto estamos conversando um agente de endemias está sendo abordado agora
de alguma forma. A intimidação é uma constância nesse trabalho”. A declaração do
coordenador de comunicação do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e
Endemias (Sindac-BA), André Melo, reflete os problemas enfrentados em Salvador
quando é preciso fazer a prevenção e controle da dengue nos bairros com maior
Índice de Infestação Predial (IIP). O índice computa o número de larvas do
mosquito transmissor da doença nos imóveis. Segundo ele, quase todos os 2.233
servidores que trabalham com endemias na cidade já sofreram algum tipo de
retaliação ao chegar em bairros considerados violentos. A diretora de Vigilância
Epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde (Sesab), Maria Aparecida Araújo,
chega a atribuir ao tráfico e a criminalidade a maior barreira para a eficácia
da prevenção. “A dengue é uma doença muito complexa, pois depende de cada um
fazer a sua parte, além de ter chegado ao estado o tipo 4 da doença, o qual a
população não está imune. Além disso, tem as questões da coleta inadequada de
lixo e falta de saneamento básico. Mas, nas cidades maiores, a violência também
aparece como um fator preponderante. O tráfico não deixa o agente de endemias
entrar em alguns locais. Barram mesmo”, diz. Leia mais no Correio.
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