Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Análises, indignações e aplausos de várias
tonalidades surgiram desde que Lula cedeu aos encantos de Maluf e foi
confraternizar-se com o ex-governador, ex-prefeito e deputado nos jardins de sua
casa para angariar minutos eleitorais para a candidatura de Fernando Haddad à
prefeitura paulistana. Lula não está sozinho nesses gestos, o dele foi apenas
mais descarado. José Serra carrega nos braços o PR de Valdemar Costa Neto e do
DNIT. Gabriel Chalita tem o PMDB e só não pegou ninguém até agora porque está
sem charme eleitoral. Luiz Flávio D'Urso, pretenso candidato do PTB, se oferece
para vice, pode ser tanto de Haddad como de Serra. E por aí vai a vergonha
partidária nacional. Não é só São Paulo que está nesse caminho. A realidade é
que o Brasil vive o auge da "realpolitikagem", extraordinária definição para
nossa mancebia política cunhada pelo humorista Luis Fernando Veríssimo. E podem
ter certeza de que dias piores virão em outras eleições, pois não há nenhum
indício de que o apodrecido sistema eleitoral e partidário brasileiro possa
sofrer alterações. Para pior, porque piorar é sempre possível.
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