Do ESTADAO.COM.BR
PATRICIA LARA - Agência Estado
Candidato islâmico obteve 51,7% dos votos da eleição presidencial realizada na semana passada.
Mohammed Morsi deve se tornar o primeiro presidente eleito livremente da
história do Egito e o primeiro presidente islâmico eleito do mundo árabe, de
acordo com a comissão eleitoral egípcia. O resultado representa um momento
emblemático da chamada Primavera Árabe, uma onda de manifestações a favor de
governos mais democráticos que se espalhou pelos países da região.
PATRICIA LARA - Agência Estado
Candidato islâmico obteve 51,7% dos votos da eleição presidencial realizada na semana passada.
Mohammed Morsi, o candidato do Irmandade Muçulmana, obteve 51,7% dos votos da
eleição presidencial realizada na semana passada, de acordo com Farouq Sultan, o
presidente da Comissão Eleitoral, derrotando por uma margem apertada Ahmed
Shafiq, que foi primeiro-ministro do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, deposto
no ano passado.
A vitória de um político islâmico alinhado à Irmandade Muçulmana, que
permaneceu na ilegalidade por décadas em razão do regime autocrático egípcio,
deve enviar ondas de choque pelo mundo árabe que tem sido governado por
autocratas seculares com relações estreitas com o Ocidente.
O resultado iniciará uma nova fase da diplomacia para os governos ocidentais
que ao longo das últimas décadas endossavam o poder de Mubarak como um baluarte
contra os poderosos governantes islâmicos e outros autocratas.
A presidência nas mãos de Morsi pode causar desconforto no equilíbrio de
forças diplomáticas apoiadas pelos EUA. O governo militar de Mubarak garantiu
uma paz frágil entre os países do Golfo, ricos na produção de petróleo, que
dependiam do respaldo de Mubarak para assegurar o tratado de paz que garantia
estabilidade na região e protegia as fronteiras ocidentais do Estado de
Israel.
E a imagem de Morsi assumindo o mais alto posto na nação mais populosa do
Mundo Árabe deve, provavelmente, galvanizar os violentos levantes que estão
ocorrendo na Síria e no Bahrein e a transição política em andamento no Iêmen,
Líbia e Tunísia.
As informações são da Dow Jones.
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