sexta-feira, 20 de maio de 2011

CORRUPÇÃO: Polícia faz megaoperação na Prefeitura de Campinas para prender envolvidos em fraude em licitações

De O GLOBO


SÃO PAULO - A Corregedoria da Polícia Civil realiza uma operação para prender 20 pessoas na região de Campinas que teriam envolvimento em um possível esquema de fraudes em contratos e licitações públicas. Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre mandados de busca e apreensão de documentos e computadores. Até o momento, 12 pessoas foram presas. Entre os procurados estão o vice-prefeito Demétrio Vilagra, do PT, o secretário de Comunicação, Francisco dos Lagos, e o secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto.
As fraudes teriam sido cometidas na Sanasa, a empresa de saneamento básico do município. São considerados foragidos os empresários José Carlos Cepera, Emerson de Oliveira, Ivan Goretti de Deus, Valdir Carlos Boscato e Maurício de Paulo Manduca.
As investigações começaram no ano passado. Com a quebra de sigilos bancários e fiscais, o Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Civil prenderam oito pessoas e apreenderam oito carros, sendo sete de luxo, e duas motos. Com a denúncia, contratos foram suspensos.
José Carlos Cepera, segundo o MP, é proprietário e administrador oculto de um grupo de seis empresas: Lotus Serviços Técnicos Ltda.; Pluriserv Serviços Técnicos Ltda.; Infratec Segurança e Vigilância Ltda.; São Paulo Serviços Ltda.; Pro-saneamento Ambiental Ltda. e O.O. Lima Empresa Limpadora Ltda., registradas em nome de laranjas.
De acordo com as investigações, essas empresas venceram licitações, alcançando cifras milionárias com contratos públicos celebrados com prefeituras, instituições e órgãos públicos de vários estados. A fraude atinge pelo menos R$ 615 milhões.
O MP afirma que a organização criminosa realizava as fraudes por meio da corrupção dos agentes públicos responsáveis pela licitação ou com acordos com empresas concorrentes. Dois homens são apontados pelo MP como intermediadores dos contatos políticios e lobistas do grupo: Maurício de Paulo Manduca e Emerson Geraldo de Oliveira. Gerentes e diretores das empresas partipavam dos atos em que eram necessários representantes das empresas.
Ao saberem da megaoperação, os vereadores da Câmara Municipal de Campinas marcaram uma reunião na manhã desta sexta-feira para definir como vão se posicionar em relação as prisões feitas.

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