Do UOL
A cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,94% nesta quarta-feira (27), a R$ 1,722 na venda. Com isso, a moeda norte-americana atinge o maior valor desde o dia 20 de setembro, quando era cotada a R$ 1,728.
No mês, o dólar tem valorização de 1,77%, porém, no ano, perde 1,20%.
O Banco Central (BC) voltou a fazer dois leilões de compra de dólar ao longo do dia. Na primeira intervenção, o BC comprou moeda a R$ 1,705. Na segunda operação, o valor aceito foi de R$ 1,721.
O consenso de que o banco central norte-americano anunciará na próxima semana medidas para estimular o crescimento da economia provocou a queda do dólar ao longo de semanas. Nos últimos dias, porém, o que se vê é a incerteza dos agentes sobre o tamanho da intervenção.
"O preço (do dólar) já estava mais ou menos dado em função do que se comentava" sobre as novas medidas do Fed, disse à Reuters Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.
"Mas não se sabe que tipo de ação ele vai tomar. Se vai ser mais forte, se vai ser mais fraca, que intensidade vai ter", acrescentou, destacando que, após a reunião do G20 no fim de semana e o esboço de uma ação global sobre o câmbio, "o mercado está procurando um meio termo" para a ação do Fed.
Posição vendida menor
Enquanto refazem as contas, os investidores têm desmontado posições vendidas em dólares no exterior e no Brasil.
De acordo com a BM&FBovespa, a posição vendida de estrangeiros na terça-feira era de US$ 11,284 bilhões, a menor em um mês e meio.
A proximidade das eleições parlamentares nos Estados Unidos também suscita ajustes no mercado internacional. Caso os republicanos confirmem o favoritismo e ganhem espaço na Câmara e no Senado, a política fiscal pode ficar mais austera, de acordo com o analista Richard Franulovich, da Westpac.
No Brasil, isso se soma à percepção maior de risco causada pela frequente atuação do governo no mercado de câmbio. Na semana passada, o Ministério da Fazenda elevou o imposto sobre a entrada de capital estrangeiro para renda fixa e para o depósito de margens de garantia na Bolsa.
Apesar disso, analistas do Citigroup avaliam que a tendência de valorização do real permanece no longo prazo, já que as commodities devem continuar em alta e a economia global deve se recuperar após um novo estímulo pelo Fed.
"Nosso ceticismo com o impacto das medidas (de intervenção do governo no câmbio) no médio e no longo prazos nos levou a reduzir a previsão de fim de ano para o dólar a R$ 1,65 (ante R$ 1,72 anteriormente) e a R$ 1,70 em 2011 (ante R$ 1,80)", escreveram Marcelo Kfoury, Stephan Kautz e Leonardo Porto em relatório a clientes.
(Com informações da Reuters)
No mês, o dólar tem valorização de 1,77%, porém, no ano, perde 1,20%.
O Banco Central (BC) voltou a fazer dois leilões de compra de dólar ao longo do dia. Na primeira intervenção, o BC comprou moeda a R$ 1,705. Na segunda operação, o valor aceito foi de R$ 1,721.
O consenso de que o banco central norte-americano anunciará na próxima semana medidas para estimular o crescimento da economia provocou a queda do dólar ao longo de semanas. Nos últimos dias, porém, o que se vê é a incerteza dos agentes sobre o tamanho da intervenção.
"O preço (do dólar) já estava mais ou menos dado em função do que se comentava" sobre as novas medidas do Fed, disse à Reuters Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.
"Mas não se sabe que tipo de ação ele vai tomar. Se vai ser mais forte, se vai ser mais fraca, que intensidade vai ter", acrescentou, destacando que, após a reunião do G20 no fim de semana e o esboço de uma ação global sobre o câmbio, "o mercado está procurando um meio termo" para a ação do Fed.
Posição vendida menor
Enquanto refazem as contas, os investidores têm desmontado posições vendidas em dólares no exterior e no Brasil.
De acordo com a BM&FBovespa, a posição vendida de estrangeiros na terça-feira era de US$ 11,284 bilhões, a menor em um mês e meio.
A proximidade das eleições parlamentares nos Estados Unidos também suscita ajustes no mercado internacional. Caso os republicanos confirmem o favoritismo e ganhem espaço na Câmara e no Senado, a política fiscal pode ficar mais austera, de acordo com o analista Richard Franulovich, da Westpac.
No Brasil, isso se soma à percepção maior de risco causada pela frequente atuação do governo no mercado de câmbio. Na semana passada, o Ministério da Fazenda elevou o imposto sobre a entrada de capital estrangeiro para renda fixa e para o depósito de margens de garantia na Bolsa.
Apesar disso, analistas do Citigroup avaliam que a tendência de valorização do real permanece no longo prazo, já que as commodities devem continuar em alta e a economia global deve se recuperar após um novo estímulo pelo Fed.
"Nosso ceticismo com o impacto das medidas (de intervenção do governo no câmbio) no médio e no longo prazos nos levou a reduzir a previsão de fim de ano para o dólar a R$ 1,65 (ante R$ 1,72 anteriormente) e a R$ 1,70 em 2011 (ante R$ 1,80)", escreveram Marcelo Kfoury, Stephan Kautz e Leonardo Porto em relatório a clientes.
(Com informações da Reuters)
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