terça-feira, 8 de agosto de 2017

POLÍTICA: Barroso alerta para a necessidade de resgate da "respeitabilidade da política"

JB.COM.BR

Ministro voltou a criticar "operação abafa", e disse que é "impossível não sentir vergonha" 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso fez um duro discurso nesta terça-feira (6), contra os escândalos de corrupção no país, alertando para a necessidade de se resgatar a credibilidade da política nacional. "A política é um gênero de primeira necessidade. Por isso, é preciso resgatá-la e devolver o seu espaço democrático e a sua respeitabilidade", disse. 
Barroso criticou a disseminação da corrupção no país. "É sistêmica, plural e pluripartidária, envolvendo empresas estatais, empresas privadas, agentes públicos, agentes privados, partidos políticos, membros do Congresso. Ela se disseminou de uma maneira espantosa, com esquemas profissionais de arrecadação e de distribuição. É impossível não sentir vergonha do que aconteceu no Brasil", frisou.                                                                       
Barroso alerta para a necessidade de resgate da "respeitabilidade da política"

Barroso enfatizou ainda que momentos de grave crise também já foram vistos no Brasil e em outros países, e que "não há saída fora a democracia." "O Brasil e o mundo já viveram experiências desastrosas que não passavam pela política. Passavam por militares, tecnocratas, pela polícia. Não funciona. Não há saída fora da democracia."
As declarações foram dadas durante evento para executivos em um hotel de São Paulo. Barroso voltou a criticar o que chama de “operação abafa”, referindo-se a investigados que atuam para encerrar inquéritos. "Que se cumpra a lei, que se puna adequada e proporcionalmente essas pessoas todas que se acostumaram a viver com dinheiro dos outros, com dinheiro desviado da sociedade e do povo brasileiro. Por essa razão, eu tenho sido um opositor da ‘operação abafa’."
O ministro saiu do evento sem falar com a imprensa. Ele chegou a ser questionado sobre as críticas que o colega de Corte, Gilmar Mendes, fez ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas preferiu não comentar.

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