quarta-feira, 30 de agosto de 2017

DIREITO: Mulher de Gilmar Mendes diz que flores 'não provam' proximidade com Barata Filho

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

A blog, Guiomar Mendes considerou pedido do MPF 'uma associação de fatos ridículos'

Gilmar Mendes com a mulher, Guiomar Mendes - Roberto Stuckert Filho

RIO — Mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Guiomar Mendes defendeu o envio de flores para a casa dela, em 2015, por parte de Jacob Barata Filho, "não prova" que o marido seja suspeito no processo do empresário. Em mensagem ao blog do jornalista Gerson Camarotti, ela rebateu que não se lembra do presente e considerou "impossível" recordar quantas flores os dois já receberam.
De Bucareste, onde marido também está, em viagem oficial, Guiomar ainda frisou que ela e Gilmar nunca tiveram proximidade com Barata Filho, a quem o ministro do STF concedeu habeas corpus e libertou da prisão. Em 2013, os dois foram padrinhos de casamento da filha de Jacob Barata Filho com um sobrinho de Guiomar.
Nesta terça-feira, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) reforçaram o pedido de suspeição do ministro em função de um e-mail que comprovava o envio das flores do réu na Operação Ponto Final à família do magistrado, em 2015.
"É uma grande associação de fatos ridículos e que não provam nada. São esses os fortes fundamentos para a arguição de suspeição do Gilmar Mendes? Não lembro de ter recebido as flores como também é impossível recordar quantas flores já nos foram enviadas com objetivo de nos cumprimentar (...) E desde quando flores enviadas em 2015 se prestam a reforçar um pedido de suspeição?", questionou a mulher do ministro.
Gilmar Mendes informou que só se manifestará sobre o processo de suspeição quando voltar ao Brasil. Ele viajou a Bucareste, capital da Romênia, para uma conferência internacional sobre transparência dos processos eleitorais. Guiomar ressaltou que "soube com atraso" do pedido do MPF um função do fuso horário.
O pedido de envio das flores foi realizado em 23 de novembro de 2015. A análise dos e-mails foi autorizada pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro no curso da operação Ponto Final.
A pedido dos procuradores, em 21 de agosto o procurador-geral suscitou à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, duas arguições de impedimento, suspeição e incompatibilidade do ministro Gilmar Mendes em habeas corpus impetrados pelos empresários Jacob Barata Filho e Lélis Marcos Teixeira.
Já a defesa de Jacob Barata diz em nota que "repudia o vazamento de conteúdos desconexos de processos que tramitam em sigilo e a cujos conteúdos ainda não teve acesso".

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