sexta-feira, 31 de março de 2017

ECONOMIA: Com falta de água nos reservatórios, conta de luz volta a ter bandeira vermelha

OGLOBO.COM.BR
POR DANILO FARIELLO

Consumidor vai pagar R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)

Usina Hidrelétrica de Marimbondo em Fronteira, Minas Gerais - 14/03/2014 - Michel Filho / Agência O Globo

BRASÍLIA- O aumento do custo de geração de energia elétrica elevará do nível amarelo para o primeiro patamar de bandeira vermelha a cobrança nas tarifas de energia em abril. O custo do nível 1 da bandeira vermelha é de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Com a mudança, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), “os consumidores devem fazer uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios”. No nível anterior, da bandeira amarela, o custo era de R$ 2 a cada 100 kWh consumidos.
O nível das bandeiras segue o custo das usinas mais caras acionadas no país. A evolução do nível verde, em fevereiro, para amarelo, em março, e agora para o nível 1 da bandeira vermelha, se refere à necessidade de se ligar usinas térmicas cada vez mais caras para lidar com a escassez maior de água nos reservatórios das hidrelétricas.
Ou seja, a bandeira amarela é acionada quando são ligadas usinas com custo a partir de R$ 211,28 por Megawatt-hora (Mwh) e a vermelha no patamar 1 quando são iniciadas aquelas com custo de R$ 422,56 por MWh.
Apesar de o país estar no fim do chamado “período úmido”, quando chove mais no país, o nível de reservatórios, principalmente aqueles localizados no Nordeste do país, vem preocupando a cúpula do sistema elétrico nacional.
No início deste mês, o Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) apontou que as usinas do rio São Francisco vem passando por um cenário hidrometeorológico extremamente desfavorável. "A expectativa é que os armazenamentos das usinas hidrelétricas - Três Marias, Sobradinho e Itaparica atinjam, ao final do mês de março, 37,6%, 16,0% e 23,0%, respectivamente", reportou o CMSE, que reúne a cúpula do setor no governo, no dia 8.
Com a situação, o governo solicitou um despacho de usinas térmicas mais intenso, para fazer frente à necessidade da região. A reunião do CMSE ratificou que "o atendimento eletroenergético no Nordeste está garantido a partir de outras fontes de geração e pelo Sistema Interligado Nacional (SIN)".

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