sexta-feira, 30 de setembro de 2016

SEGURANÇA: Após 32 horas, governo Alckmin confirma fuga em massa de 470 presos

FOLHA.COM
MARCELO TOLEDO, DE RIBEIRÃO PRETO

Divulgação

Após 32 horas da fuga em massa de presos do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jardinópolis (a 329 km de São Paulo), o governo Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou que 470 detentos fugiram dessa unidade prisional.
Os detentos fugiram após um motim, às 9h de quinta-feira (29), e, desde então, policiais militares iniciaram uma caçada em lavouras de cana-de-açúcar, matas e até no rio Pardo, que fica na divisa entre a cidade e Ribeirão Preto. A fuga ocorreu após os detentos atearem fogo na oficina da marcenaria – as chamas se espalharam para um pavilhão da cadeia.
Superlotado, o local abrigava 1.861 detentos no regime semiaberto, para uma capacidade de apenas 1.080. A superlotação é um dos motivos alegados por familiares de detentos para essa rebelião.
De acordo com a SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária), haviam sido recapturados até a tarde desta sexta-feira (30) 338 detentos. Na quinta à noite, a secretaria informara que o total de presos recapturados era de 295.
Os presos recapturados ao longo de toda a quinta-feira passaram por uma revista na unidade prisional. Apenas de cuecas e com as mãos para cima, foram revistados antes de entrar no CPP e colocados no pátio, para o início de uma contagem. O total de presos que fugiram foi informado pela assessoria da SAP somente no fim da tarde desta quinta – a Folha fez o pedido por três vezes entre quinta e sexta.
Editoria de arte/Folhapress
Segundo a secretaria da gestão tucana, os presos foram recapturados graças a uma cooperação entre a SAP e as polícias Civil e Militar. A pasta informou ainda que os presos que fugiram perderão o direito ao regime semiaberto, regredindo ao fechado. Dos 1.861 presos que estavam no CPP antes da fuga em massa, 1.602 trabalhavam dentro e fora do presídio.
Duas mortes são investigadas – o corpo de um preso, cujo nome não foi revelado, foi achado carbonizado num canavial, enquanto um pescador relatou à polícia que outro detento teria se afogado ao tentar fugir no rio.
Ainda conforme a secretaria, não havia motivo para o motim, "salvo o descontentamento com a revista rotineira que foi realizada, cujo objetivo é a apreensão de celulares, drogas e outros objetos proibidos".

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