sexta-feira, 30 de setembro de 2016

ECONOMIA: Dólar tem leve queda no dia e termina o mês em alta de 0,69%, a R$ 3,252

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (30) em queda de 0,12%, a R$ 3,252 na venda. Apesar da baixa no dia, a moeda norte-americana fecha a semana com leve alta de 0,14%. No mês, acumula ganhos de 0,69% e, no ano, queda de 17,64%.
Na véspera, o dólar havia subido 1,05%.
Declarações de Temer
As declarações do presidente Michel Temer na manhã desta sexta-feira influenciaram o mercado de câmbio.
O presidente defendeu a aprovação da PEC do teto dos gastos e se disse confiante de que o texto passará pelo Congresso. Segundo ele, sem controle de gastos não há confiança que se traduza em investimentos e consumo.
"O mercado gosta quando fala sobre controle de gastos e sinaliza que as coisas estão sob controle", comentou um gestor de renda fixa de uma corretora nacional à agência de notícias Reuters.
Taxa Ptax
O dólar também foi influenciado pela disputa para a formação da Ptax de final de mês. A Ptax é a taxa estimada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.
Operadores costumam brigar por cotações nos últimos dias do mês para deslocá-las a patamares favoráveis a suas apostas.
"A pressão dessa Ptax está baixista (a favor de quem aposta na queda da moeda). Então os investidores vão trabalhar para minimizar ao máximo os prejuízos, já que a moeda estava com pressão compradora (de alta) por causa da aversão ao risco desencadeada pelo Deutsche Bank", disse um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional à Reuters.
Os investidores que apostaram na queda do dólar reforçaram essa visão ao longo do mês diante de expectativas de um corte de juros pelo Banco Central brasileiro, sobretudo depois que o relatório trimestral de inflação trouxe projeções dentro da meta para o IPCA em 2017 e 2018.
Atuação do BC
O Banco Central realizou nesta tarde leilão de linha (no mercado à vista), com oferta de US$ 4 bilhões.
Nessa operação, o BC determina a taxa de venda e de recompra de dólares, e os investidores se comprometem a revendê-los em determinada data.
Cenário externo
No mercado externo, o clima era de preocupação. Investidores evitavam negócios de maior risco, colocando dinheiro nos mais seguros.
Tudo por causa da notícia da quinta-feira (29) de que fundos clientes estavam desmontando posições mantidas no Deutsche Bank, o que reforçou as preocupações com o banco.
O presidente-executivo da instituição, John Cryan, tentou nesta sexta-feira tranquilizar sua equipe ao afirmar que o banco é sólido e tem mais de 20 milhões de clientes.
Os problemas no banco alemão foram desencadeados por uma multa de até US$ 14 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre negócios do banco com venda de títulos atrelados a hipotecas.

(Com Reuters)

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