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POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Homem de 30 anos foi morto a tiros por agentes em El Cajon, na Califórnia

Homem antes de ser morto pela polícia aparece em suposta posição de disparo - Reprodução El País
SAN DIEGO — A polícia de El Cajon, uma cidade perto de San Diego, na Califórnia, matou um homem negro desarmado, provocando rapidamente protestos contra uma suposta ação injustificada dos agentes. É o terceiro cidadão negro desarmado morto pela polícia em apenas dez dias nos Estados Unidos.
Os agentes policiais se depararam com o homem não identificado, de cerca de 30 anos, atrás de um restaurante depois de receber relatos de alguém que “agia fora de si” e caminhava em meio aos carros, disse a polícia de El Cajón em um comunicado. O homem, que balançava para frente e para trás, não acatou a ordem de tirar a mão do bolso, acrescentou.
De acordo com a versão da polícia, em determinado momento os agentes tentaram falar com o homem, e “rapidamente ele retirou um objeto do bolso dianteiro de sua calça, juntou suas mãos e as esticou rapidamente em direção ao oficial, no que pareceu ser uma posição para atirar”.
O chefe da polícia, Jeff Davis, não descreveu o objeto, mas disse em uma entrevista coletiva que não foi recuperada uma arma de fogo.
POLICIAL DISPAROU VÁRIAS VEZES
O agente para quem o homem apontava atirou “várias vezes”, enquanto um segundo policial disparou simultaneamente seu Taser, indicou a polícia, que divulgou uma imagem recuperada de um vídeo que mostrava um homem aparentemente apontando uma arma ao policial.
Rapidamente, cerca de 200 manifestantes se reuniram na cena, acusando a polícia de disparar sem advertência.
— Três deles saíram, com as armas na mão, e atiraram cinco vezes — disse Rumbideai Mubaiwa, uma manifestante, à emissora local KUSI. — Ninguém advertiu, ou disse para que ficasse quieto, que parasse, nada. Outro negro desarmado morto.
A morte de homens negros nas mãos da polícia provocou protestos em todo os Estados Unidos. O último caso foi em Charlotte, na Carolina do Norte, na semana passada.
A morte de Keith Lamont Scott, de 43 anos, causou vários dias de protestos, forçando o governador do estado a declarar emergência e convocar a Guarda Nacional.
Em Tulsa, Oklahoma, outro negro foi morto a tiros por uma agente da policía.
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