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Eles foram encontrados com fuzis, munições e coletes à prova de balas

Grupo tenta assaltar empresa transportadora de valores Protege, em Santo André, ABC paulista - Edilson Dantas / Agência O Globo
SÃO PAULO - A polícia de São Paulo prendeu oito homens suspeitos de participar da tentativa de roubo à empresa transportadora de valores Protege, em Santo André, no ABC, na madrugada desta quarta-feira. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram apreendidas diversas armas de grosso calibre e carros usados pelo grupo na fuga.
Agentes do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) estariam vigiando outros dois locais, na zona leste e em Cotia, onde poderia estar o restante da quadrilha. A suspeita é a de que 20 criminosos teriam participado da ação.
A tentativa de assalto aconteceu por volta das 3h. Homens fortemente armados invadiram a sede da Protege, no Bairro Campestre, e trocaram tiros com os seguranças da empresa. Um segurança ficou ferido, mas passa bem. De acordo com a empresa, o dinheiro não foi roubado. Neste ano, esta foi a quarta grande ação de bandidos contra empresas transportadoras de valores.
Outros ataques ocorreram em Santos (litoral), Campinas e Ribeirão Preto, no interior. Segundo a SSP, já houve 20 prisões desde novembro último e 17 pessoas foram identificadas, além de 36 fuzis apreendidos.
PROJETO DE LEI
No último dia 11, foi publicado no Diário Oficial de São Paulo projeto de lei que visa proibir a instalação de empresas de transporte de valores em perímetro urbano, e ainda fixar horário para entrega e/ou retirada de valores, entre 22h e 7h. A proposta da deputada estadual Célia Leão (PSDB), é que seu funcionamento se dê em áreas rurais e em locais onde não existam colônias agrícolas, condomínios rurais, ou áreas muito habitadas. Se aprovada, a medida “com certeza poupará a vida e integridade física de inúmeras pessoas”, uma vez que “todos os crimes realizados em empresas situadas em perímetro urbano” causa “temor e pânico na população local”, justifica o texto.
As empresas que operam em áreas urbanas, propõe o projeto, terão prazo de dois anos, a contar da publicação do texto, para providenciarem um novo local. “O descumprimento ao disposto nesta Lei ensejará o pagamento de multa equivalente a R$ 5 mil UFESP´s, a qual será dobrada em caso de reincidência”, diz o texto.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro-Forte de São Paulo (Sindforte) publicaram manifesto em seu site contra a proposta, que para eles é “totalmente sem pé nem cabeça e repleta de ilegalidades”.
“A diretoria do SindForte já adota medidas contra o projeto esdrúxulo. Pedimos audiência à deputada. Vamos mostrar que ela está equivocada”, informa o texto.
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