sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ECONOMIA: Dólar interrompe série de 6 altas e fecha a R$ 3,207, com menos ação do BC

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (19) em queda de 0,81%, cotado a R$ 3,207 na venda, após seis altas consecutivas. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 0,68%.
Apesar de cair no dia, o dólar termina a semana com valorização acumulada de 0,69%. No mês, a queda é 1,1% e, no ano, de 18,77%.
O dia foi marcado pela redução no ritmo de intervenção do BC no mercado de câmbio.
Atuação do BC
O Banco Central reduziu o ritmo de atuação no mercado de câmbio. Nesta sexta-feira, o BC vendeu 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Desde a quinta-feira da semana passada (11) até a véspera, o BC vinha vendendo 15 mil contratos diários. A pisada no freio do BC fez com que o impacto da alta do dólar no exterior e de preocupações com os rumos fiscais do Brasil fosse limitado.
"A mudança nos swaps traz uma ajuda marginal, faz o real ter desempenho melhor que outras moedas em um dia de alta do dólar [no exterior] como hoje", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Alguns operadores do mercado, no entanto, já esperavam a manobra do BC, após o dólar acumular alta de 3,22% em seis sessões.
Dólar barato demais pode atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações e impulsionar as importações. Por outro lado, o dólar alto faz a inflação acelerar.
Ajuste fiscal
Investidores continuavam cautelosos em relação às contas públicas, após o governo do presidente interino, Michel Temer, encontrar dificuldades para a aprovação de medidas no Congresso.
Nesta sexta-feira, Temer convocou reunião em São Paulo com a equipe econômica e líderes parlamentares para definir estratégia para aprovação do ajuste fiscal. 
"Essas batalhas precisam ser ganhas nos bastidores e parece que o governo está, pelo menos, se esforçando para melhorar a articulação", disse à Reuters o operador da corretora de um banco nacional.
Muitos operadores esperam que o governo endureça sua postura caso o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, seja confirmado.

(Com Reuters)

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