segunda-feira, 7 de março de 2016

SEGURANÇA: Com receio de confronto, Dilma faz reunião para discutir protestos

FOLHA.COM
GUSTAVO URIBE
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Luciano Claudino/Codigo19 - 3.fev.2016/Folhapress 
A presidente Dilma Housseff durante cerimônia de entrega de imóveis, no interior de SP

Com receio da possibilidade de confrontos, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião nesta segunda-feira (7) para discutir os protestos marcados para este final de semana favoráveis ao impeachment da petista.
Inicialmente, o Palácio do Planalto havia marcado uma reunião de coordenação política com a presença de ministros de outras siglas, como PDT, PR e PSD, e líderes do governo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
No início da tarde, no entanto, o encontro foi cancelado e, no lugar, foi marcada uma reunião apenas com o núcleo político do Palácio do Planalto.
Com a intenção de grupos favoráveis ao governo federal de realizarem manifestações no próximo domingo (13), mesmo dia dos protestos pelo impeachment da presidente, o Palácio do Planalto teme que se repitam episódios de violência como os ocorridos na sexta-feira (4) na frente da casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos últimos dias, o governo federal tem constatado um aumento nas adesões às manifestações nas redes sociais.
A avaliação é de que a radicalização do debate político, que pode ser agravada com confrontos no domingo, poder ser positiva para o PT, mas é negativa para a administração federal. Para a presidente, o aumento da divisão do país pode prejudicar a governabilidade e afetar inclusive a votação de propostas do ajuste fiscal no Congresso Nacional.
A preocupação do Palácio do Planalto é de que as recentes acusações contra a presidente e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, engrossem o número de pessoas nos protestos e, assim, retomem a discussão sobre o impeachment da petista, que havia perdido força desde o final do ano passado.
Nesta segunda-feira (7), a presidente saiu em defesa de seu antecessor e criticou a forma como o petista foi levado para prestar depoimento na última sexta-feira (4). Segundo ela, da oposição "fica dividindo o país" e não faz sentido "conduzir [Lula] sob vara, se ele jamais se recusou a ir".
Dilma disse que Lula nunca se recusou a prestar depoimento e que a alegação de que a condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a depor) tinha como objetivo proteger o ex-presidente é estranha. 

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