terça-feira, 15 de março de 2016

NEGÓCIOS: Bolsa tomba 3,56% com rumores sobre Lula; BB despenca 21% e Petrobras, 10%

Do UOL, em São Paulo

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta terça-feira (15) em baixa de 3,56%, a 47.130,02 pontos. Essa é a maior perda percentual diária desde 2 de fevereiro, quando a Bovespa havia caído 4,87%.
É a segunda queda seguida da Bovespa. Na véspera, já havia caído 1,55%.
A queda de hoje foi puxada desempenho negativo das ações da Petrobras, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco.
Lula em ministério
A Bolsa operou o dia todo em baixa, em meio a rumores de que Lula teria aceitado convite para assumir um ministério no governo Dilma Rousseff. 
O ex-presidente deve viajar a Brasília nesta terça-feira para conversar com Dilma e fechar sua possível ida para um ministério. O ex-presidente estaria negociando mudanças na política econômica.
O mercado entende que a ida de Lula para o Planalto poderia postergar ou reduzir as chances de impeachment. 
Uma eventual saída de Dilma é vista como positiva por alguns investidores, que acreditam que a mudança no governo pode ajudar na recuperação da economia brasileira. Outros, porém, ressaltam que o cenário de incertezas continuaria atrapalhando o reequilíbrio econômico.
Petrobras tomba 10%
Os papéis da Petrobras foram influenciados pelo cenário político no país e pela queda do preço do petróleo no mercado internacional.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, despencaram 10,68%, a R$ 6,61.
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, caíram 6,60%, a R$ 8,91.
Os ADRs (recibos que representam ações de uma empresa estrangeira na Bolsa de Nova York) da petroleira fecharam com queda de 13,12%.
BB despenca 21%
O rumor de Lula no Planalto também influenciou as ações dos bancos.
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) desabaram 21,17%, a R$ 17,50, e terminaram o dia com o maior tombo do Ibovespa.
As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram perdas de 5,26%, a R$ 25,20, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) recuaram 4,44%,a R$ 30,75.
Siderúrgicas desabam
Os papéis das empresas de siderurgia também despencaram na sessão de hoje, puxados pela queda dos preços do minério de ferro na China. A matéria-prima despencou 6,9%, a US$ 51,70 por tonelada, a maior baixa diária em oito meses.
As ações da Gerdau (GGBR4) tombaram 10,04%, a R$ 4,75, enquanto as da Gerdau Metalúrgica (GOAU4) desabaram 18,91%, a R$ 1,63. Pela manhã, a empresa divulgou prejuízo de R$ 41 milhões no quarto trimestre de 2015.
As ações da Usiminas (USIM5) caíram 15,68%, a R$ 1,56, e os da CNS (CSNA3) perderam 12,28%, a R$ 6,07.
Em compensação, as ações preferenciais da Vale (VALE5) tiveram leve baixa de 0,1%, a R$ 9,69. No sentido oposto, as ações ordinárias da Vale (VALE3) subiram 0,30%, a R$ 13,48.

Dólar sobe 3,03%, a R$ 3,763
No mercado de câmbio, o dólar comercial emendou a segunda alta seguida efechou com valorização de 3,03%, a R$ 3,763 na venda.
Trata-se da maior alta percentual diária desde 13 de outubro de 2015, quando havia subido 3,58%.

Bolsas internacionais
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em queda.
Espanha: -1,69%;
Portugal: -1,53%;
Itália: -1,14%;
França: -0,75%;
Alemanha: -0,56%;
Inglaterra: -0,56%
As Bolsas da Ásia e do Pacífico também terminaram o dia no vermelho, exceto a da China.
China: +0,17%;
Coreia do Sul: -0,12;
Cingapura: -0,27;
Japão: -0,68%;
Hong Kong: -0,72%;
Austrália: -1,43;
Taiwan -1,56%

(Com Reuters)

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