Do UOL, em São Paulo
O dólar comercial emendou a segunda alta seguida e fechou esta terça-feira (15) com valorização de 3,03%, a R$ 3,763 na venda. Trata-se da maior alta percentual diária desde 13 de outubro de 2015, quando havia subido 3,58%.
Na véspera, o dólar havia avançado 1,71%.
Lula em ministério
O dólar operou o dia todo em alta, em meio a rumores de que Lula teria aceitado assumir um ministério no governo Dilma Rousseff.
A moeda chegou a reduzir o ritmo da valorização durante a manhã, após o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmar a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). A delação incluiria acusações contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O movimento, no entanto, durou pouco.
Lula deve viajar a Brasília nesta terça-feira para conversar com Dilma e fechar sua possível ida para um ministério. O ex-presidente estaria negociando mudanças na política econômica.
O mercado entende que a ida de Lula para o Planalto poderia postergar ou reduzir as chances de impeachment.
Uma eventual saída de Dilma é vista como positiva por alguns investidores, que acreditam que a mudança no governo pode ajudar na recuperação da economia brasileira. Outros, porém, ressaltam que o cenário de incertezas continuaria atrapalhando o reequilíbrio econômico.
Cenário internacional
No cenário externo, dados divulgados pelo governo norte-americano mostram que as vendas no comércio recuaram em fevereiro e foram revisadas para baixo em janeiro.
Os números reacenderam preocupações sobre as perspectivas de crescimento da economia dos Estados Unidos.
O mercado aguardava, ainda, a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) sobre a taxa de juros, prevista para esta quarta-feira. Alta de juros nos EUA pode levar à saída de dólares de países considerados menos seguros, como o Brasil.
A expectativa, no entanto, é de manutenção dos juros nesta reunião.
(Com Reuters)
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