sexta-feira, 25 de setembro de 2015

POLÍTICA: Cunha quer votar veto de Dilma à doação de empresas para campanhas na 4ª feira

OGLOBO.COM.BR
POR ANDRÉ DE SOUZA, ENVIADO ESPECIAL

Em Goiânia, presidente da Câmara voltou a afirmar que vai despachar pedidos de impeachment ‘no seu tempo devido’

Eduardo Cunha diz que vai responder aos questionamentos do PT sobre rito do impeachment também no planário - Ailton de Freitas / Agência O Globo

GOIÂNIA - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira que vai articular para que o eventual veto da presidente Dilma Rousseff ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais seja incluído na pauta da sessão da próxima quarta-feira do Congresso. A sessão foi marcada pelo presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) para as 11h30. Para derrubar um veto, é preciso apoio de mais da metade dos deputados (257 dos 513) e dos senadores (41 dos 81).
Dilma deve sancionar o projeto da reforma política aprovado pela Câmara, vetando o financiamento empresarial. A decisão foi comunicada por auxiliares de Dilma a lideranças da base aliada. Apesar das pressões de deputados, entre eles Cunha, a presidente resolveu não se contrapor ao Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada proibiu que partidos e candidatos em campanha recebam doações de empresas.
Ele avisou a opositores que não deverá dar prosseguimento aos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Caso isso se confirme, caberá aos defensores do impedimento da petista apresentar recurso contra a decisão de Cunha. Publicamente, ele nega que já tenha tomado uma decisão.
— Não tem tese de impeachment. Impeachment você tem pedido ou não tem. A mim cabe despachar o juízo de admissibilidade. E esse juízo dos que têm lá (na Câmara) eu vou despachar no seu tempo devido de acordo com meu juízo decisório — disse após participar de um fórum sobre Segurança Pública em Goiânia.
Questionado se já tinha tomado uma decisão sobre o assunto, ele respondeu:
— Se tivesse decidido, já teria feito.
Se Cunha rejeitar de fato os pedidos, um deputado de oposição deve recorrer para que a decisão seja tomada pelo plenário. Em caso de maioria simples pela aceitação do impeachment, a denúncia prosseguiria, com comissão especial eleita em plenário. Depois, dois terços da Câmara — 342 deputados — precisariam aprovar o processo de impeachment, o que já levaria ao afastamento de Dilma. Tudo isso ocorrendo, o processo segue ao Senado, onde também são necessários dois terços — 54 senadores — para aprovar o impedimento de Dilma.

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