quarta-feira, 12 de agosto de 2015

POLÍTICA: Agenda para crise é 'jogo de espuma sem conteúdo concreto', diz Cunha

FOLHA.COM
GUSTAVO URIBE, DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta (12) que a Casa está disposta a avaliar as medidas apresentadas pelo PMDB no Senado na chamada "Agenda Brasil", mas considerou que, até agora, o que se viu foi um "jogo de espuma sem conteúdo concreto".
"Não se pode achar que vai construir uma agenda única, que vai se votar e virar lei. Não é assim que funciona. Não se pode ignorar que há outra Casa Legislativa", afirmou.
"Até agora, nós vimos apenas um jogo de espuma sem conteúdo concreto, utilizando parte da espuma que veio da própria Câmara dos Deputados anteriormente."
O peemedebista participou de almoço com o vice-presidente Michel Temer e a bancada do PMDB na Câmara.
Mais cedo, em café da manhã com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Temer disse que buscaria Cunha para conversar sobre a agenda de medidas.
Cunha lembrou que algumas das propostas sugeridas têm origem na Câmara, como o projeto da terceirização trabalhista.
"A terceirização já foi votada na Câmara dos Deputados há quatro meses. A lei da responsabilidade das estatais é de nossa autoria e tem uma comissão mista tratando dela com prazo pra acabar. Há algumas que são nossas, e outras que chegarem iremos estudar", disse.
Para ele, algumas das propostas tramitaram "tranquilamente" na Câmara, sem necessidade de se estruturar uma agenda de medidas.
"Propostas boas para o país sempre terão nosso apoio, assim como gostaríamos que nossas propostas boas para o país, como a terceirização, já poderiam ter sido tratadas", disse.
ISOLAMENTO
Cercada pela crise política e econômica, a presidente Dilma Rousseff encampou o pacote de reformas apresentado por líderes do Senado para retomar o crescimento.
Para Planalto, a aproximação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode isolar Cunha, que impôs sucessivas derrotas ao governo ao patrocinar projetos que aumentam gastos públicos.
Com o apoio do governo, o Senado promete barrar os projetos aprovados pelos deputados que ameaçam o equilíbrio fiscal, além de indicar que um possível processo de impeachment está fora de discussão, por ora.
Muitos itens da pauta sugerida pelo Senado desagradam à base aliada e são contrários, inclusive, a algumas bandeiras históricas do PT.

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