terça-feira, 11 de agosto de 2015

ECONOMIA: Agência de risco Moody's rebaixa nota de crédito do Brasil

FOLHA.COM
DE SÃO PAULO

A agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito do país para Baa3 e alterou a perspectiva de negativa para estável. A nota anterior do país era Baa2.
Com o corte, o país está a um nível de perder o grau de investimento na agência.
A Moody's atribuiu a decisão ao desempenho econômico mais fraco que o esperado, à situação fiscal do país e à falta de consenso político para aprovar as reformas fiscais. As divergências, segue a agência, vão impedir as autoridades de alcançar um superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) que seja suficiente para conter e reverter o endividamento crescente do país neste ano e no próximo e dificultará ainda sua capacidade de fazê-lo depois disso.
Classificação de risco
A agência estima que o país precisa crescer pelo menos 2% e cumprir superavits primários de pelo menos 2% do PIB para estabilizar a dívida. Segundo a Moody's, o Brasil não deve cumprir estas condições este ano ou no próximo.
A agência espera que haja recessão em 2015, estagnação econômica no próximo ano e "uma recuperação gradual" em seguida, com expansão de 2% em 2017 e 2018.
Para a Moody's, o endividamento do governo só se "estabilizará" no fim do segundo mando de Dilma Rousseff.
Nos cálculos da agência, a dívida subirá para 67% em 2016 e continuará a aumentar lentamente, aproximando-se de 70% em 2018 e permanecendo "em torno desse nível elevado".
A estimativa da Moody's difere, portanto, da anunciada pelo governo. A equipe econômica estima que o endividamento do país deve começar a cair em 2017.
Para o governo, dívida pública bruta alcançará 66,4% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2016, baixando para 66,3% em 2017.
ALÍVIO
Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o mercado reagiu bem à notícia, já que o país conseguiu manter o grau de investimento.
"Ganhamos uns seis meses de respiro com a perspectiva estável. O maior medo era que a Moody's jogasse logo o país para o grau especulativo", afirmou.

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