terça-feira, 28 de abril de 2015

POLÍTICA: Novo líder do governo no Senado foi citado na Lava Jato

ESTADAO.COM.BR
RICARDO BRITTO - O ESTADO DE S.PAULO

Nome do senador Delcídio Amaral (PT-MS) apareceu em delações premiadas prestadas pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa
BRASILIA - O senador Delcidio Amaral (PT-MS) foi confirmado nesta terça-feira, 28, pela presidente como novo líder do governo do Senado. O nome do parlamentar foi citado no curso das investigações da Operação Lava Jato, mas ele virou alvo do inquérito instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em tese, a definição do novo líder deveria recair sobre um integrante do PMDB, em razão de o partido contar a maior bancada do Senado. Em atrito com o Palácio do Planalto, o PMDB se recusou, entretanto, indicar um nome para o posto.
O nome de Delcídio apareceu em delação premiada feita pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto, segundo quem teria ouvido dizer que, quando o senador era diretor de Gás e Energia da estatal, entre 2000 e 2002, Delcídio teria recebido valores supostamente ilícitos da empresa francesa Alstom.
Em parecer enviado ao STF no início de março, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou como "muito vagas" as declarações de Costa e recomendou não dar prosseguimento a uma investigação formal contra o petista.
O ministro Teori Zavascki, relator dos casos da Lava Jato no STF, concordou com a posição do Ministério Público de arquivar as apurações contra Delcídio. 
Alvo da Lava Jato no Supremo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou Rodrigo Janot por não ter incluído o petista na lista de investigados.
Em março do ano passado, logo após a deflagração da operação policial, Delcídio e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), envolveram-se numa troca de acusações pública sobre a indicação do ex-diretor da Área Internacional da estatal Nestor Cerveró, atualmente preso.
Em tom de ironia, Renan disse que Delcídio não indicou Cerveró para "roubar a Petrobrás". Delcídio rebateu o peemedebista, atribuindo a ele o apadrinhamento de Cerveró.
O ex-diretor está no centro da polêmica em torno da compra da refinaria de Pasadena (EUA). Foi ele o responsável pelo parecer considerado pela presidente Dilma Rousseff tecnicamente falho, em nota enviada ao Estado. 
O Tribunal de Contas da União apontou um prejuízo de U$S 792 milhões na compra da refinaria, mas não incluiu Dilma, presidente do conselho de administração da estatal na época da operação, entre as responsáveis pela transação.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |