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POR RENNAN SETTI
Moeda perde valor em escala global com investidores atentos ao cenário econômico americano
RIO — O dólar cai pelo sexto dia de negociações consecutivo nesta terça-feira, chegando a atingir a mínima de R$ 2,8853. Foi a primeira vez desde 3 de março que a divisa foi negociada abaixo dos R$ 2,90. O dólar comercial registra desvalorização de 0,88%, cotado a R$ 2,894 para compra e a R$ 2,896 para venda. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra alta de 0,37% em seu índice de referência Ibovespa, aos 55.740 pontos.
A moeda americana perde força em escala global, diante das expectativas dos investidores com o encontro de dois dias que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) inicia hoje e com os dados sobre a confiança do consumidor dos EUA que serão divulgados nesta terça. Também começa hoje a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O dólar perde valor frente a 14 das 16 principais divisas globais. O índice Dollar Spot, da Bloomberg, que mede a força frente a uma cesta de dez moedas, cai 0,27%.
Na agenda doméstica, os investidores devem repercutir os números do mercado de trabalho divulgados hoje, que voltaram a apresentar alta do desemprego. Em março, a taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 6,2%, segundo o IBGE. A expectativas de analistas do mercado financeiro era de 6,1%. Foi a terceira alta consecutiva do desemprego e a maior para o mês desde março de 2011. A renda média do trabalho ficou em R$ 2.134,60, queda real de 2,8% frente ao mês anterior.
BOLSAS EUROPEIAS EM BAIXA
Na Europa, as Bolsas operam em queda puxadas pelo desempenho ruim de empresas farmacêuticas e de alguns bancos e pela economia britânica, cujo crescimento trimestral foi o menor desde 2012. O índice de referência Euro Stoxx cai 1,10%, a Bolsa de Londres recua 1,03%, a de Paris registra baixa de 1,55% e a de Frankfurt, de 1,20%. A economia britânica cresceu 0,3% no primeiro trimestre do ano, enquanto economistas esperavam expansão de 0,5%.
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