terça-feira, 28 de abril de 2015

POLÍTICA: Cúpula do PMDB tenta pôr fim a conflito entre Renan e Cunha

OGLOBO.COM.BR
POR SIMONE IGLESIAS

Na semana passada, os dois se atacaram publicamente por divergências quanto ao projeto da terceirização
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - Givaldo Barbosa/11-3-2015
BRASÍLIA - Preocupada com os desentendimentos entre os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a cúpula do PMDB colocou em prática nesta segunda-feira uma operação para tentar pôr fim ao conflito. Na semana passada, os dois se atacaram publicamente, por divergências quanto ao projeto da terceirização. O presidente da Câmara acelerou a votação, conseguindo aprovar a lei e a estendendo à atividade-fim. O presidente do Senado mostrou-se crítico à pressa de Cunha e determinou que a proposta seja debatida “sem sofreguidão” na Casa que comanda. Percebendo que o desentendimento passou do ponto e virou uma briga pública, entraram em cena o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) e o senador Romero Jucá (RR) na tentativa de acabar com a troca mútua de farpas.
Os dois têm conversado com Cunha e Calheiros para tentar distencionar o ambiente e tentam convencê-los a jantarem juntos e se entenderem minimamente. O vice-presidente, Michel Temer, voltou ontem a Brasília de um giro de uma semana pela Europa, em missão oficial, e está preocupado com o desentendimento. O vice teme que a acentuação da animosidade torne a crise incontrolável. No partido, o estresse entre Cunha e Calheiros é visto como uma crise desnecessária, que pode colocar os dois em risco. O temor interno é que cheguem a um ponto de ruptura, fragilizando o controle que o partido conseguiu assumir no segundo mandato de Dilma.
Foi justamente esta unidade peemedebista que praticamente obrigou a presidente Dilma Rousseff a entregar a articulação política de seu governo ao vice, Michel Temer, depois de uma fracassada tentativa de manter uma tríade petista no comando das negociações, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), e Pepe Vargas (Direitos Humanos), que acabou demitido das Relações Institucionais e remanejado.
— A irritação do Eduardo com o Renan é antiga, porque o Senado sempre passou por cima da Câmara. Eles encontraram uma forma de conviver politicamente e não podem deixar isso de lado agora. Solução, acreditamos que haverá aos poucos. Eduardo não jantou dia desses com a Dilma? O que era mais improvável do que isso? — disse um peemedebista.

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