sexta-feira, 20 de março de 2015

COMENTÁRIO: Dilma está com 13 por cento de bom e ótimo. Não demora, estará emzero. Lula quer "lista fechada", retrocesso eleitoral

Por HELIO FERNANDES - Via blog do autor 
TRIBUNA DA IMPRENSA

A história da saída de Cid Gomes do ministério da Educação tem que ser contada como ela é. Um show planejado, roteirizado e apresentado por ele mesmo. Nenhum improviso, tudo como queria, do principio ao fim. Dispensou o motorista e o carro oficial, foi para a Câmara num carro particular dirigido por ele mesmo. Na companhia do governador do Ceará, do prefeito de Fortaleza e do líder do Pros na Assembleia Legislativa.
Ficaram esperando, ele entrou na Câmara discursou, fez suspense no inicio como se fosse pedir desculpas, começou os ataques duríssimos, com a ressalva: "Não falo como Ministro e sim pessoalmente". Era a confissão e a transmissão do que viria, sem qualquer alteração e a transmissão do que viria, sem qualquer alteração.
Falou e obvio que hoje não existe. Com régua e esquadro mostrou o que deve acontecer; "Oposição tem que se opor, é a sua obrigação. Situação tem que defender o governo, ou então largar o osso". (Textual).
Começa o grande fato do dia, tumulto completo, foi embora tranquilamente. Na saída do plenário ("salão verde", território dos jornalistas) não deu entrevista, mas sua posição independia de explicação. Voltou a dirigir o carro particular com os mesmos amigos, foi para o Planalto, avisou: "não demoro".
Esteve imediatamente com a presidente, entregou o cargo, desceu, pegou o carro, foi direto para o aeroporto. Alguém esperava para apanhar o carro, viajaram direto para o Ceará, eram esperados pelo irmão Ciro. 
O subserviente Planalto 
Dona Dilma aceitou a demissão, não tinha outra coisa a fazer. Mas a partir daí, a constatação: o país está sem governo, sem presidente, sujeito ao fracasso do "pacote anticorrupção" e do fiasco da demissão planejada de Cid Gomes.
Enquanto ele saía, Dilma chamou o mercadejante da Casa Civil, ordem seca, dura, fingindo de autoritária: "Telefone para o Eduardo Cunha, avise que o Cid Gomes não é mais ministro". Tudo consumado de forma constrangedora, humilhante, degradante.
Os lideres (?) do PMDB começaram então o espetáculo do "Poder" é nosso, intimamos o Planalto a demitir o ministro ou passaremos para a oposição’’. Não houve nem tempo de haver consenso ou consulta para essa "intimação-intimidação". Mas a mídia amestrada aceitou e logo divulgou a versão. Que como estou mostrando com fatos, fatos, não é a verdadeira.
Imediatamente tudo voltou ao Planalto, Dona Dilma irritada e revoltada, (é o seu clima pessoal de sempre) compreendeu que a demissão se transformara no acontecimento mais importante do dia. O "pacote anticorrupção", que não representava coisa alguma foi jogado no lixo.
Haverá consequências, mas é preciso esperar. A reforma ministerial acontecerá mas não se pode dizer que seja imediata ou urgente. Com o executivo desgastado ate mesmo diante do Congresso desmoralizado, e de um Judiciário critico mas hesitante, o Executivo não executa e paga o preço de tanta incompetência. 

Nelson Barbosa 
Foi segundo de Mantega na Fazenda. Secretario Executivo. Esperava ser promovido. Mantega não saiu, foi embora. Neste novo (?) governo Dilma, nomeado Ministro do Planejamento, apenas para substituir Levy, numa derrapagem ou em circunstância fabricada.
Sem nada para fazer ou dizer, não diz nada ou erra. Ontem: “O câmbio não está fora do lugar”.
Em vez de substituir, devia ser substituído. O Banco Central começou a vender (jogar dólar no mercado que pegava ávido) a 1,80/1,90, tem perdido fortunas, quanto? Como vendia BILHÕES por dia, agora a mais de 3,20, é preciso avaliar os prejuízos. Isso cabe ao Congresso, podiam convocar o presidente do BC para explicar.
Pelo menos podia ir á Comissão de Assuntos Econômicos. Nenhuma suspeita de comprometimento, apenas esclarecimento técnico. A incompetência pode provocar tanto prejuízo quanto à corrupção.
Agora a moeda bate em 3,30, fecha a 3,28, o falso ministro afirma que “o dólar não esta fora do lugar”. 

Silêncio retumbante 
Como anunciei na véspera com exclusividade, o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, não daria uma palavra na CPI. Cumpriu. Não sei por que demoraram quatro horas para encerrar. Coisas até curiosas. Um deputado perguntou, Duque não respondeu, pediu “direito de réplica”. E o presidente até com bom humor: “Excelência, o senhor perguntou, ele ficou em silencio, seu direito de réplica é o mesmo silencio”. Encerrou a sessão.
Lula ficou atento (não quero dizer que ouviu) ao depoimento, ao lado de Rui Falcão. No Instituto que tem seu nome. Ficou satisfeitíssimo. Sabe que se Duque falasse ou falar, carregará João Vacari, tesoureiro do PT. Lula passou o tempo atendendo telefonemas sobre três assuntos que hoje têm prioridade na sua agenda.
1-Esse de João Vacari. 2 – Tirar Mercadante do governo, já aceita sua transferência para o Ministério da Educação, que ocupou, longe da “Pátria Educadora”.
3 – Emplacar a “lista fechada”, numa reforma partidária que na vai haver. Mas se houver. Quer a lista “fechada” para eleger amigos em todos os estados.
O país em situação cada vez mais desesperadora. O governo parado e desmemoriado, ninguém lembra que tudo o que acontece (ou não acontece) neste imobilizado segundo mandato, é consequência da incompetência do primeiro. Se não existisse reeleição, proibida em todas as constituições até o mandato comprado e renovado de FHC, e que sobrou para os outros, seria possível pelo menos acreditar numa renovação. (Que há 40 anos chamo de RENOVOLUÇÃO).
Não gostaria de ser tão incisivo ou definitivo, mas não há solução. Afastar Dona Dilma, impensável ou improvável. Continuar com ela, um elefante no caos, para repetir o titulo de uma peça famosa do Millor. Se ela perder o mandato, seja por motivo jurídico ou político, assume o vice Michel Temer. Antes de formar a chapa com ela, disputava sempre mandato de deputado. Ficava como primeiro ou segundo suplente, assumiu pela “leniência” da legislação.
Os três poderes, que deveriam ser harmônicos e independentes entre si, são agressivos e conflitantes, não se entendem de maneira alguma. Na verdade quem assumiu a coordenação, embora não tenha mandato, credencial ou poder, é esse vice que já se julga ou considera o herdeiro da incompetência com sua cumplicidade e do seu partido. Ontem, entregando a Dona Dilma o projeto de reforma política,a afirmou publicamente e sem o menor constrangimento: "O PMDB está no comando da mudança política e partidária”.
Essa reforma está com a validade vencida ha muito tempo, é indispensável, mas teria que ser séria, abrangente e atingir todos os pontos vulneráveis. Só que cada partido quer uma coisa, são 32 deveriam ser no máximo 5".
Existe apenas uma convergência ou acordo: o fim das coligações proporcionais. E todos dão como exemplo a eleição do Tiririca. É aquela em que o candidato tem digamos 1 milhão de votos, com isso se elege e "carrega" com ele mais 3 ou 4 sem votação alguma. O que adianta acabar com essa agressão á vontade povo se existem outras tão deprimentes e alarmantes? Que continuarão ou pelos menos serão modificadas para piorar?

PS- Sobre a altíssima corrupção na Petrobras, tenho comentado aqui com insistência: "Executivos, diretores, corruptos de empreiteiras que recebem mais de 100 milhões cada um, têm que mudar de “status", de carro, casa, a família não percebe?".

PS2- Ontem o presidente do Conselho da Engevix, disse á filha que publicou na Primeira: “A vida mudou para mim, tem gente na família olhando enviesado”. E confessa: "passei a meditar e rezar". Meditar é coisa que nunca fez e rezar, no momento, não vai adiantar muito.

PS3- O Estado Islâmico aterrorizou a Tunísia, um dos raros países democráticos da região, o único que sobrou da "primavera árabe". Agiram como sempre, assassinaram turistas de vários países, atingindo uma das formas de rendimento do país. 

PS4- E como não podia faltar, destruíram o maior museu do país, o mais visitado, que estava lotado. La foram assassinados covarde e selvagemente, como fazem.

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