Do JB.COM.BR
Com as campanhas eleitorais a pleno vapor, o cenário político em ebulição, com o fim da Copa do Mundo e o desastre brasileiro, surpreende o silêncio do ex-presidente Lula, que há cerca de 15 dias está fora do noticiário.
Todos sabem que Lula é a própria campanha de Dilma Rousseff, e que Dilma está precisando imensamente da força da presença do ex-presidente. Por isso, há uma expectativa muito grande em torno de sua ausência.
Além disso, atritos internos vêm à tona, mostrando uma falta de sintonia na equipe de campanha da reeleição de Dilma. Recentemente, a publicação de um artigo no "Muda Mais", site de apoio da campanha, teria gerado desentendimento entre a presidente e o ex-ministro Franklin Martins, responsável pela campanha de Dilma na internet. 
Lula
O texto, intitulado "Teixeira, Marin, a CBF e a necessidade de modernizar nosso futebol", faz críticas à CBF e a cartolas. Dilma teria ficado irritada, exigindo a retirada do texto do ar, e Franklin Martins teria resistido, tornando pesado o clima entre os dois.
Junta-se a isso tudo crises na área econômica, com medidas desencontradas, a ameaça de um crescimento inferior ao anunciado, a crise no setor de automóveis - 400 mil carros no parque, sem vender, é o mesmo que 400 mil X US$ 10 mil (preço médio de um carro estocado), o que é igual a estoque financiado de US$ 4 bilhões.
Há ainda a queda de 33% na construção civil em São Paulo, a crise no setor da indústria naval que começa a despontar, e a ameaça de uma recessão com pequena inflação. Tudo isso vem acontecendo no mundo, mas num país de 200 milhões de habitantes é muito preocupante.
A única liderança que o Brasil tem para tranquilizar ou guiar a maioria da nossa população não é nenhum dos candidatos que pertencem ao clã de ex-líderes nacionais, é a do próprio Lula.
O silêncio de Lula talvez seja muito mais sonoro. Mas é fundamental que ele apareça.
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